Em uma noite fria do dia quatorze de abril de 1912 aconteceu o naufrágio do navio que, segundo seu criador, "nem Deus poderia afundá-lo". Este acontecimento tornou-se histórico, e foi tema três vezes nas telonas, e uma vez nas telinhas até 1996. No ano seguinte, a quinta encarnação de Titanic (EUA 1997) entrou para a história do cinema e pôs o diretor James Cameron com status de celebridade. Com ficção e realidade misturadas, aliado ao orçamento mais caro até então, quebrou recordes e marcou época.
Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) vencedo um jogo de cartas ganha uma passagem de terceira classe para viajar no transatlântico Titanic. No navio, apaixona-se por Rose Bukater (Kate Winslet), noiva de um homem rico e arrogante (Caledon Hockley), e ambos vivem este amor proibido. A viagem ganha contornos trágicos quando o navio se choca com um iceberg.
O filme tem fortes inspirações nas versões produzidas nos anos quarenta, pela Alemanha, e cinquenta, nos Estados Unidos. Na alemã também há uma subtrama envolvendo o roubo de um diamante azul, e há diversos ângulos de câmera reproduzidos por Cameron. Na americana, há uma história, também fictícia, de um casal da alta sociedade que tem problemas de relacionamento. A principal diferença é que nesta encarnação não existe a presença de um "Jack", e eventualmente ambos acabam se unindo quando o navio bate no Iceberg.
Sem dúvida a versão de Cameron é mais popular, foi o primeiro filme da história do cinema a arrecadar mais de um bilhão de dólares. Foi indicado para quatorze oscars, e faturou onze, incluindo o melhor filme e a melhor direção. Tanto sucesso se deve também a presença marcante dos personagens Jack e Rose, que apesar de clichê (quantos filmes com histórias de amores proibidos existem por aí?), foram brilhantemente dirigidos.
O interessante é como este filme consegue ser tão popular com uma história previsível em todos os seguimentos, pois grande parte do público sabe que o navio afundará e haverão poucos sobreviventes. Talvez isso mostre que nem sempre a novidade atraia as pessoas para a sala de cinema, e sim a forma como a trama é contada. Titanic mostra o quanto Cameron é perfeccionista e ambicioso.
Apesar do perfeccionismo da direção, o filme é o segundo colocado com o maior número de erros da história do cinema, com 243, perdendo apenas para Jurassic Park, com 272. Entre os mais populares estão o Jack citando o Pier de Santa Mônica, sendo que este seria construído apenas em 1916, e também o comprimento das unhas da Rose mudar diversas vezes ao longo da trama. Outro fato popular era a fama de mal humorado do Cameron, tratando toda a produção como uma operação militar, com técnicos trabalhando dezesseis horas por dia. Durante as filmagens, três dublês quebraram ossos e vários atores tiveram pneumonia, entre eles a Kate Winslet, que também quase se afogou e fraturou o cotovelo. Também havia grande reclamação da água fria usada nas filmagens, mas que era necessário, pois o vapor quente embaçaria a lente da câmera.
Se você tem mais de quinze anos e não viveu nas cavernas, sabe o quanto este filme é popular. Fez milhões de pessoas chorarem nas salas de cinema ao redor do mundo, apesar de no Brasil ter se disseminado a frase "eu não chorei em Titanic", o que, na minha humilde opinião, é mentira da maioria. Em 2012, para comemorar o centenário do naufrágio, Cameron irá re-lançar o filme em 3D, talvez aí poderemos constatar se as pessoas choram ou não ao olharmos para quem está ao nosso lado.
O filme tem fortes inspirações nas versões produzidas nos anos quarenta, pela Alemanha, e cinquenta, nos Estados Unidos. Na alemã também há uma subtrama envolvendo o roubo de um diamante azul, e há diversos ângulos de câmera reproduzidos por Cameron. Na americana, há uma história, também fictícia, de um casal da alta sociedade que tem problemas de relacionamento. A principal diferença é que nesta encarnação não existe a presença de um "Jack", e eventualmente ambos acabam se unindo quando o navio bate no Iceberg.
Sem dúvida a versão de Cameron é mais popular, foi o primeiro filme da história do cinema a arrecadar mais de um bilhão de dólares. Foi indicado para quatorze oscars, e faturou onze, incluindo o melhor filme e a melhor direção. Tanto sucesso se deve também a presença marcante dos personagens Jack e Rose, que apesar de clichê (quantos filmes com histórias de amores proibidos existem por aí?), foram brilhantemente dirigidos.
O interessante é como este filme consegue ser tão popular com uma história previsível em todos os seguimentos, pois grande parte do público sabe que o navio afundará e haverão poucos sobreviventes. Talvez isso mostre que nem sempre a novidade atraia as pessoas para a sala de cinema, e sim a forma como a trama é contada. Titanic mostra o quanto Cameron é perfeccionista e ambicioso.
Apesar do perfeccionismo da direção, o filme é o segundo colocado com o maior número de erros da história do cinema, com 243, perdendo apenas para Jurassic Park, com 272. Entre os mais populares estão o Jack citando o Pier de Santa Mônica, sendo que este seria construído apenas em 1916, e também o comprimento das unhas da Rose mudar diversas vezes ao longo da trama. Outro fato popular era a fama de mal humorado do Cameron, tratando toda a produção como uma operação militar, com técnicos trabalhando dezesseis horas por dia. Durante as filmagens, três dublês quebraram ossos e vários atores tiveram pneumonia, entre eles a Kate Winslet, que também quase se afogou e fraturou o cotovelo. Também havia grande reclamação da água fria usada nas filmagens, mas que era necessário, pois o vapor quente embaçaria a lente da câmera.
Se você tem mais de quinze anos e não viveu nas cavernas, sabe o quanto este filme é popular. Fez milhões de pessoas chorarem nas salas de cinema ao redor do mundo, apesar de no Brasil ter se disseminado a frase "eu não chorei em Titanic", o que, na minha humilde opinião, é mentira da maioria. Em 2012, para comemorar o centenário do naufrágio, Cameron irá re-lançar o filme em 3D, talvez aí poderemos constatar se as pessoas choram ou não ao olharmos para quem está ao nosso lado.
