O cinema sempre teve uma relação muito estreita com a mágica. Dos seus tempos mais remotos, com os truques do cineasta-mágico George Méliès, até as ilusões geradas por algoritmos computacionais nos dias de hoje, ver as imagens em movimento sempre teve algo de místico e sobrenatural. É o que maioria espera ao entrar em uma sala escura para ver um filme, e Truque de Mestre ("Now you see me", Estados Unidos, 2013) não cumpre bem essa expectativa. No começo do filme sobre ilusionistas e mágicos, o especialista em truques de cartas J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg) pede ao público para olhar bem de perto, para tentar descobrir qual é o truque. O problema é que a gente olha, olha, e não vê mágica nenhuma.
A história segue quatro mágicos que serão conhecidos como Os Quatro Cavalheiros, ao serem recrutados por uma misteriosa figura de capuz. São eles J. Daniel Atlas, o líder, sua ex-assistente Henley Reeves (Isla Fisher), o mentalista especializado em hipnose Merritt McKinney (Woody Harrelson), e o abridor de fechaduras e batedor de carteiras Jack Wilder (Dave Franco). Em seu show de abertura em Las Vegas, patrocinado pelo multimilionário (Michael Caine), eles performam um truque nunca antes visto: roubam um banco no mesmo instante em Paris e distribuem os espólios pela plateia. Para tentarem decifrar o por-assim-dizer roubo e conseguirem enquadrar os ilusionistas, entram na disputa a jovem investigadora do Interpol, Alma (Mélanie Laurent) e o agente do FBI Dylan Rhodes (Mark Ruffalo, que por vezes parece repetir o papel de Hulk, grunhindo estabanado atrás dos bandidos). Paralelamente, ainda há o ex-mágico Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), que vende milhões de DVDs desmascarando truques de mágicos, e também entra no encalço dos quatro Robin Hoods mágicos.
Mesmo com um orçamento gigantesco, um elenco com vários nomes de peso e uma premissa que interessa a todos calcada no mundo dos truques e ilusões, o filme parece ter entrado numa competição do maior número de clichês da história. Embora os diálogos provoquem risadas e o elenco esteja esforçado no papel de entertainers, a história fraca tenta agradar demais reunindo influências de vários gêneros e acaba pedindo muito do espectador, que tem que ceder a alguns furos para deixar a trama um pouco crível. O final acaba forçando a barra pra tentar criar impacto, e acaba dando um salto maior do que as pernas. É claro que, quando encarado como entretenimento leve, sem muitas pretensões, Truque de Mestre não faz mal nenhum e diverte na medida certa. Mas para os mais exigentes, fica a impressão de muitos truques e pouca mágica de verdade.

A história segue quatro mágicos que serão conhecidos como Os Quatro Cavalheiros, ao serem recrutados por uma misteriosa figura de capuz. São eles J. Daniel Atlas, o líder, sua ex-assistente Henley Reeves (Isla Fisher), o mentalista especializado em hipnose Merritt McKinney (Woody Harrelson), e o abridor de fechaduras e batedor de carteiras Jack Wilder (Dave Franco). Em seu show de abertura em Las Vegas, patrocinado pelo multimilionário (Michael Caine), eles performam um truque nunca antes visto: roubam um banco no mesmo instante em Paris e distribuem os espólios pela plateia. Para tentarem decifrar o por-assim-dizer roubo e conseguirem enquadrar os ilusionistas, entram na disputa a jovem investigadora do Interpol, Alma (Mélanie Laurent) e o agente do FBI Dylan Rhodes (Mark Ruffalo, que por vezes parece repetir o papel de Hulk, grunhindo estabanado atrás dos bandidos). Paralelamente, ainda há o ex-mágico Thaddeus Bradley (Morgan Freeman), que vende milhões de DVDs desmascarando truques de mágicos, e também entra no encalço dos quatro Robin Hoods mágicos.
Mesmo com um orçamento gigantesco, um elenco com vários nomes de peso e uma premissa que interessa a todos calcada no mundo dos truques e ilusões, o filme parece ter entrado numa competição do maior número de clichês da história. Embora os diálogos provoquem risadas e o elenco esteja esforçado no papel de entertainers, a história fraca tenta agradar demais reunindo influências de vários gêneros e acaba pedindo muito do espectador, que tem que ceder a alguns furos para deixar a trama um pouco crível. O final acaba forçando a barra pra tentar criar impacto, e acaba dando um salto maior do que as pernas. É claro que, quando encarado como entretenimento leve, sem muitas pretensões, Truque de Mestre não faz mal nenhum e diverte na medida certa. Mas para os mais exigentes, fica a impressão de muitos truques e pouca mágica de verdade.
