quinta-feira, 18 de julho de 2013

Retardatário Narrativo

Há muito tempo atrás era charmoso ver uma animação em cgi. Depois, a Pixar instaurou um nível de qualidade que poucos competidores conseguiram seguir. Com o limbo em que o estúdio está, ta valendo pra todo mundo virar a nova âncora das animações digitais. Infelizmente esse não é o caso de Turbo, (“Turbo” EUA, 2013).


Já passou pela seção de dvds das Lojas Americanas e encontrou um filme de animação muito tosco sobre alguma tartaruguinha, um peixinho, ou um carrinho? Pois é, esse é Turbo. Com a imensa distinção que ele conseguiu chegar ao cinema. Ele é simplesmente “c” em tudo. A animação não fede nem cheira, com personagens bobos e cenários pouco inspirados.


Visual a parte, o roteiro dessa animação também é muito ruim! A premissa de um caracol correr na Indy 500 é boba e difícil de engolir até pra quem tem 5 anos. Ele demora séculos pra fazer o set-up (que ele faz um atrás do outro, por sinal). Não bastanto, ele é incapaz de plantar uma coisa para se resolver no futuro, todas as coisas tem função imediata e acabamos por ver várias oportunidades desperdiçadas de deixar o filme melhor costurado. E a inexpressividade que acompanha o visual dos personagens também se materializa na bidimensionalidade de todos da trama. O mais irônico é que a mensagem idônica de “siga seus sonhos” vai bater de frente com a de Universidade Monstro.


Talvez a única coisa que possa empolgar nesse filme são os atores que fazem a dublagem no idioma original, mas como a cabine foi da cópia dublada, ele acabou levando um “x”. A trilha sonora toda em rap também satisfaz os mais aficcionados no gênero como eu. Fora isso, Turbo foi uma experiência enfadonha, bossal, que não causa impressões muito fortes.

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