O primeiro longa-metragem de Michael Tiddes deixa uma impressão óbvia de “já vi isso antes”, fruto da longa relação do diretor com o roteirista e produtor Rick Alvarez (“As branquelas” e “Todo mundo em pânico”). Inatividade Paranormal (“A Haunted House”, EUA, 2013) é um besteirol que marca uma união efetiva da dupla e soa quase como uma comédia experimental.
A paródia pastelão segue o argumento do mais recente clássico de terror norte-americano: "Atividade Paranormal". Malcolm (Marlon Wayans) acaba de se mudar para a casa dos seus sonhos e convida a namorada Keisha (Essence Atkins) a dividir o lar. Empolgado com sua nova vida, o protagonista passa a documentar tudo que ocorre na casa. As filmagens acabam registrando mais do que o esperado. Elas revelam estranhos acontecimentos sobrenaturais que se intensificam a cada dia e minam por completo a relação do casal. Se você já viu a franquia que inspirou essa produção, tudo deve parecer bem familiar.
O filme busca abusar de um humor desmedido, sem regras, típico das paródias comerciais debochadas norte-americanas. Porém, dessa vez, o que funcionou muito bem no aclamado popular Todo Mundo em Pânico enfrenta algumas barreiras cruéis. Acontece que os moldes “caseiros” de filmagem, ponto forte de "Atividade Paranormal", não conseguem encontrar uma boa adaptação na comédia, fazendo com que a graça demore para pegar no tranco enquanto o espectador não sabe bem o que está assistindo. É criado um clima de realismo que não se adéqua ao estilo. O resultado é um filme morno demais, mesclando momentos leves com algumas explosões de humor grosseiro. As piadas óbvias, baseadas em esteriotipos, não são suficientes para nada.
Diante da produção simples (também herdada do projeto original), a qualidade do longa cai sobre os atores. Mesmo sem peso, a maioria do escasso elenco tem experiência nesse tipo de trabalho, principalmente Marlon Wayans, que consegue, sozinho, sustentar muitas cenas quase como um ator de stand up. Além dele, a personagem de Marlene Forte (a doméstica latina Rosa) conquista pontos a parte. Por outro lado, alguns nomes só colaboram para a pieguice da história. Certas citações interessantes também dão um toque de requinte ao filme (destaque para uma passagem de "Pulp Fiction"). Infelizmente tudo isso só é suficiente para alentar friamente quem se dispôs a assistir o projeto.
Olhando para os precursores, Inatividade Paranormal deixa muito a desejar. Não é das coisas mais engraçadas que você vai ver (nem perto disso), mas certamente serve como uma experiência.
A paródia pastelão segue o argumento do mais recente clássico de terror norte-americano: "Atividade Paranormal". Malcolm (Marlon Wayans) acaba de se mudar para a casa dos seus sonhos e convida a namorada Keisha (Essence Atkins) a dividir o lar. Empolgado com sua nova vida, o protagonista passa a documentar tudo que ocorre na casa. As filmagens acabam registrando mais do que o esperado. Elas revelam estranhos acontecimentos sobrenaturais que se intensificam a cada dia e minam por completo a relação do casal. Se você já viu a franquia que inspirou essa produção, tudo deve parecer bem familiar.
O filme busca abusar de um humor desmedido, sem regras, típico das paródias comerciais debochadas norte-americanas. Porém, dessa vez, o que funcionou muito bem no aclamado popular Todo Mundo em Pânico enfrenta algumas barreiras cruéis. Acontece que os moldes “caseiros” de filmagem, ponto forte de "Atividade Paranormal", não conseguem encontrar uma boa adaptação na comédia, fazendo com que a graça demore para pegar no tranco enquanto o espectador não sabe bem o que está assistindo. É criado um clima de realismo que não se adéqua ao estilo. O resultado é um filme morno demais, mesclando momentos leves com algumas explosões de humor grosseiro. As piadas óbvias, baseadas em esteriotipos, não são suficientes para nada.
Diante da produção simples (também herdada do projeto original), a qualidade do longa cai sobre os atores. Mesmo sem peso, a maioria do escasso elenco tem experiência nesse tipo de trabalho, principalmente Marlon Wayans, que consegue, sozinho, sustentar muitas cenas quase como um ator de stand up. Além dele, a personagem de Marlene Forte (a doméstica latina Rosa) conquista pontos a parte. Por outro lado, alguns nomes só colaboram para a pieguice da história. Certas citações interessantes também dão um toque de requinte ao filme (destaque para uma passagem de "Pulp Fiction"). Infelizmente tudo isso só é suficiente para alentar friamente quem se dispôs a assistir o projeto.
Olhando para os precursores, Inatividade Paranormal deixa muito a desejar. Não é das coisas mais engraçadas que você vai ver (nem perto disso), mas certamente serve como uma experiência.
