sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Era Uma Vez, a Hushpuppy...


Você já falou com alguma criança pequena e se pegou pensando que ela entendia muito mais da vida do que você? Bem, essa é a Hushpuppy (Quvenzhané Wallis), a protagonista de Indomável Sonhadora ("Beasts of the Southern Wild", EUA, 2012), de Benh Zeitlin. Indicado a quatro prêmios do Oscar,  este filme é definitivamente a zebra do ano. Com um orçamento de dois milhões de dólares, Indomável Sonhadora surgiu no Festival de Cinema de Sundance do ano passado, onde levou o grande prêmio do júri e foi comprado para distribuição. Depois disso, saiu conquistando todos os prêmios em festivais mundiais, inclusive no Festival de Cannes e no Instituto de Cinema Americano. Agora, é sua de mostrar à Academia, o que um filme independente pode fazer.


Hushpuppy é uma menina de seis anos que mora com seu pai Wink (Dwight Henry) na Banheira, uma espécie de pântano inspirado por Nova Orleans pós-furacão. Não é uma vida tão cheia de confortos como a da cidade, mas todos parecem felizes sem qualquer intervenção do mundo exterior. Afinal, por que uma televisão, computador, carro e internet são realmente importantes? A vida é muito mais simples que isso. Isto é, até as chuvas inundarem o pântano...


Indomável Sonhadora é um filme de narrativa simples, mas isso não torna a produção menos complicada. Com locações alagadas e muitas crianças e animais, o filme traz o espectador para uma locação naturalista e fantástica. Mesmo assim, o que mais impressiona no filme são os dois protagonistas, pai e filha. Quvenzhané Wallis fez o teste para o filme aos cinco anos e é a mais jovem indicada ao prêmio de melhor atriz da Academia e a primeira, e até agora única, indicada ao Oscar que nasceu no século 21. Como se essa história já não fosse incrível, Dwight Henry, que interpreta seu pai Wink, era o dono da padaria em frente à produtora que fazia os testes de elenco para o filme, quando o diretor o conheceu e insistiu que ele fizesse o papel.


Com um roteiro mágico e uma trajetória surreal, o filme é minha aposta para o melhor filme do ano. As chances são poucas, mas a magia do filme é tão grande e todos saem tão emocionados que acho que tem uma chance. Enquanto fico aqui na torcida, vão conferir e juntem-se ao time de Beasts!




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