A relação entre os antropólogos e os índios é o tema do novo documentário de José Padilha ("Tropa de Elite"), Segredos da Tribo ("Secrets of the Tribe", Reino Unido, 2010). Feito em parceira com a BBC e a HBO, o filme choca ao mostrar escancaradamente antropólogos acusados de pedofilia e genocídio.
O filme explora o que existe por debaixo dos mais respeitados antropólogos do mundo. As paredes quase "imaculadas" de Harvard são manchadas por acusações terríveis de que os estudos dos índios ianomâmis na parte venezuelana da Amazônia, entre os anos 60 e 70, tiveram outros meios, fins e propósitos.
O documentário foca principalmente dois antropólogos que viveram com os índios: o americano Napoleon Chagnon, autor de "Ianomâmi: O Povo Feroz" (1968), um dos livros etnográficos mais vendidos, e o francês Jacques Lizot, discípulo e protegido de Lévi-Strauss, um dos principais intelectuais do século 20.
Tecnicamente bem feito, o filme usa uma edição ágil para prender o espectador. Sem o uso de narrador, ele deixa apenas as falas conduzirem a história. Intercalando entrevistas atuais com vídeos da época das pesquisas, ele constrói de maneira eficiente o polêmico quadro. No entanto, o filme peca por parecer, em determinados momentos, apenas um amontoado de acusações.
Chocante do primeiro ao último minuto, Segredos da Tribo vai deixar muita gente de cabelo em pé e deixar um rastro por onde passar. Desde o seu lançamento - no festival É Tudo Verdade 2010 - vem causando polêmica e recebendo opiniões controversas. E é disso que o Padilha gosta.
O filme explora o que existe por debaixo dos mais respeitados antropólogos do mundo. As paredes quase "imaculadas" de Harvard são manchadas por acusações terríveis de que os estudos dos índios ianomâmis na parte venezuelana da Amazônia, entre os anos 60 e 70, tiveram outros meios, fins e propósitos.
O documentário foca principalmente dois antropólogos que viveram com os índios: o americano Napoleon Chagnon, autor de "Ianomâmi: O Povo Feroz" (1968), um dos livros etnográficos mais vendidos, e o francês Jacques Lizot, discípulo e protegido de Lévi-Strauss, um dos principais intelectuais do século 20.
Tecnicamente bem feito, o filme usa uma edição ágil para prender o espectador. Sem o uso de narrador, ele deixa apenas as falas conduzirem a história. Intercalando entrevistas atuais com vídeos da época das pesquisas, ele constrói de maneira eficiente o polêmico quadro. No entanto, o filme peca por parecer, em determinados momentos, apenas um amontoado de acusações.
Chocante do primeiro ao último minuto, Segredos da Tribo vai deixar muita gente de cabelo em pé e deixar um rastro por onde passar. Desde o seu lançamento - no festival É Tudo Verdade 2010 - vem causando polêmica e recebendo opiniões controversas. E é disso que o Padilha gosta.
