quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Por Uma Nação Livre… de Vampiros

Pegue o maior presidente da história dos EUA. Adicione a criatura sobrenatural mais famosa de todos os tempos. Acrescente a mão do diretor Timur Bekmambetov (não tente ler, saiba apenas que ele dirigiu "O Procurado"). Bata tudo num liquidificador com muitas explosões, efeitos especiais, ação e...um machado. Deixe a mistura descansar sob a produção de Tim Burton e voilà! Completamos a receita para o filme Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros ("Abraham Lincoln: Vampire Hunter", EUA, 2012). Quer saber se ficou bom? Leva na Ana Maria e vem cá que eu te conto.




Seth Grahame-Smith é um dos responsáveis pela minha paixão por livros. Foi ele que reescreveu alguns clássicos de Jane Austen como “Orgulho e Preconceito”, e adicionou criaturas incríveis como zumbis à história original. Depois de algumas aventuras com a autora, o cara resolveu escrever ele mesmo um livro, do zero. O resultado? Acabou de chegar as telonas. Abraham Lincoln: Caçador de Vampiros é basicamente o que o título entrega: a vida de um dos maiores presidentes da história na hipótese dele como um caçador das criaturas noturnas.



O filme tem algumas citações históricas importantes, desde frases que o presidente disse até pessoas que fazem parte dos livros de não-ficção ao lado dele. Mas de fato histórico acaba por aí. Enquanto no livro o personagem de Abe (to íntimo já) tem sua personalidade moldada, o filme deixa as coisas simplesmente acontecerem. E acontecem tão rápido que as pessoas que não leram podem se perder (e provavelmente vão) na história. É uma coisa muito sem pé nem cabeça. Em certo momento ele ganha (absolutamente DO NADA) super força. Ele simplesmente corta um tronco de árvore com apenas UMA machadada. Amigo, nem Chuck Norris faz isso (desculpa pela blasfêmia, Chuck).



As coisas vão acontecendo, os atores vão se mostrando péssimos, a história vai se revelando trash. Apesar das ótimas coreografias, dos efeitos especiais absurdos, e do excesso de slow motion (acredite, é muito), o filme não ficou bom. Mas não tem como negar, foi muito ousado tanto do Seth quanto do diretor do filme terem levado o projeto à frente. Mais ousados que eles só Tim Burton, por ter assinado como um dos produtores. Talvez eu simplesmente não estivesse num bom dia, mas levando em consideração que eu ouvi roncos durante a sessão (sim, amigos, alguém dormiu), acho que no final essa “receita” azedou. Esse presidente com certeza não iria pro segundo turno. E eu com certeza preciso parar de fazer piadas.

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