Pode soar precipitado eleger E a Vida Continua… (Brasil, 2012) como o pior filme de todos os tempos, mas não vejo outra regalia que esse longa possa merecer. Tudo é tão mal feito, amador, brega e irritante que assisti-lo se torna um verdadeiro teste de resistência.
Em 2008, um filme de baixo orçamento (igualmente amador e muito ruim) fez grande sucesso nas bilheterias: "Bezerra de Menezes" teve um público de quase 350 mil espectadores. Depois dele, o cinema nacional investiu muito no Espiritismo: "Chico Xavier" e "Nosso Lar" fizeram bilheterias estupendas. O mais recente "As Mães de Chico Xavier" não recebeu boa acolhida de público nem crítica. O filão parecia estar mais enfraquecido. Eis que agora surge este E a Vida Continua... para levar o último trocado de seus fieis seguidores.
Todos os espíritas de bom senso irão detestar esse filme. Chega a ser um insulto chamar isso de cinema. Paulo Figueiredo, pseudo diretor e roterista, faz sua estreia nesta bomba e só tenho uma dica pra ele: Filho, vai vender X-Tudo numa barraquinha. Você não nasceu para o cinema!
A encenação do longa é tão ruim que até as novelas do SBT ficam parecendo verdadeiras obras primas. As atuações são tão irreais que os atores até parecem estar sendo dublados. Reavaliando minha crítica, acho que E a Vida Continua... não é o pior filme de todos os tempos. Ele não merece esse título. Aliás, não merece título algum. Só merece cair no esquecimento. No fim das contas, a nota do filme vai ser 0 porque ainda não trabalhamos com cotações negativas. Aguardo ansiosamente por este momento.
