
E a gente chega ao final do Ciclo Rússia.
Talvez o que eu mais tenha me apegado, por motivos cinematográficos, e por já
ter iniciado estudos a esse idioma que eu amo tanto. Mas... Chega de
sentimentalismos e vamos terminar isso de forma honrosa e sem melodramas!
Irmão (“брат”, 1997) é um filme no
bom e velho estilo policial/criminal, dirigido e escrito por Aleksei Balabavov
e estrelando Sergei Bodrov Jr. E mais um do ciclo Rússia a ser exibido em
importantes festivais. Este em 1997, na categoria Un Certain Regard do Festival
de Cinema de Cannes.
A história começa depois da desmobilização,
quando Danila Bagrov (Bodrov), pós seu compromisso com o Governo, vai para São
Petersburgo para procurar seu irmão mais velho, Viktor, um
talentoso assassino de aluguel que carrega como “apelido do crime” Tatarin. Viktor é
então contratado para assassinar o chefe da máfia da Chechênia (olha a gente
falando dela novamente) e então resolve dar o serviço para seu irmão mais novo.
O filme foi um grande sucesso, um hit
instantâneo que aumentou consideravelmente as fortunas do diretor e do ator
principal. E seu sucesso se deve muito por ser um espelho do momento
histórico que a Rússia vivia nos anos 90. Todo o crime, pobreza, problemas
familiares... Porém, como todo bom filme dual, mostrou para o grande público que
ainda assim há sempre esperança (veja você, os meus clichês) em tempos
complicados. Se há sombras mesmo na luz, nas trevas sempre haverá a possibilidade da
claridade de ideias para tudo voltar ao “normal”.
E assim a gente termina, com pesar, o Ciclo
Rússia... Preparo a mala, verifico a passagem Moscou-Madrid. Abro um largo
sorriso e me encaminho para o aeroporto, certo de que a Espanha reserva
delícias cinematográficas prontas para serem degustadas. Hola, España. Paka,
Ruski druks.