De uns tempos pra cá tenho observado, com cada vez mais frequência, a adesão de personalidades de diversas áreas a causas sociais, em especial àquelas que utilizam as ferramentas audiovisuais para obterem maior visibilidade. Talvez o fenômeno tenha começado antes de Al Gore e sua "Verdade Inconveniente", mas ele é o primeiro grande exemplo que me ocorre. Eis que chegou a vez do astro britânico Jeremy Irons mostrar a cara no documentário ambiental do momento: Trasehd - Pra onde vai nosso lixo? ("Trashed", Reino Unido, 2012).
Como aponta o título, o filme aborda uma questão ambiental de extrema importância e sugere uma discução mais ampla: o que acontece com os resíduos gerados por 7 bilhões de consumidores? Através desse questionamento básico, Irons nos leva em sua volta ao mundo deixando claro que os problemas causados pela disposição inadequada dos restos gerados pelo nosso consumo são comuns a todos os paises e seus impactos atingem diretamente a natureza, não só em escala regional, mas planetária.
Porém, como estamos aqui para falar dos filmes, e não para discutir políticas ambientais, vamos ao que interessa: apesar da enorme urgência do assunto abordado, o filme peca em algumas áreas, o que, a longo prazo, pode significar uma quantidade menor de espectadores do que seria desejável. Pra começar, a montagem apresenta os problemas e suas possíveis soluções de um forma um pouco confusa. Não é que não se compreenda as informações que são passadas, elas apenas parecem estar sempre incompletas. Além disso, algumas imagens de lixões a céu aberto, aterros sanitários e mares poluídos ficam tempo demais na tela. Se a intenção for causar algum tipo de repulsa na plateia, no começo até dá certo, mas depois da quarta ou quinta vez começa a dar vontade de sair correndo do cinema (ou pior ainda, teve gente que começou a rir).
Apesar dos problemas, de um modo geral o enorme carisma de Jeremy Irons consegue segurar nossa atenção (quase) o tempo todo. Não chega a ser uma perda de tempo.
Como aponta o título, o filme aborda uma questão ambiental de extrema importância e sugere uma discução mais ampla: o que acontece com os resíduos gerados por 7 bilhões de consumidores? Através desse questionamento básico, Irons nos leva em sua volta ao mundo deixando claro que os problemas causados pela disposição inadequada dos restos gerados pelo nosso consumo são comuns a todos os paises e seus impactos atingem diretamente a natureza, não só em escala regional, mas planetária.
Porém, como estamos aqui para falar dos filmes, e não para discutir políticas ambientais, vamos ao que interessa: apesar da enorme urgência do assunto abordado, o filme peca em algumas áreas, o que, a longo prazo, pode significar uma quantidade menor de espectadores do que seria desejável. Pra começar, a montagem apresenta os problemas e suas possíveis soluções de um forma um pouco confusa. Não é que não se compreenda as informações que são passadas, elas apenas parecem estar sempre incompletas. Além disso, algumas imagens de lixões a céu aberto, aterros sanitários e mares poluídos ficam tempo demais na tela. Se a intenção for causar algum tipo de repulsa na plateia, no começo até dá certo, mas depois da quarta ou quinta vez começa a dar vontade de sair correndo do cinema (ou pior ainda, teve gente que começou a rir).
Apesar dos problemas, de um modo geral o enorme carisma de Jeremy Irons consegue segurar nossa atenção (quase) o tempo todo. Não chega a ser uma perda de tempo.
