quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Juiz. Júri. Carrasco.


Existem dois personagens do mundo criado pela DC Comics que são a personificação do “macho alfa”. Um deles nunca ganhou filme, nem série, nem nada, apenas o gibi. Não que isso seja absurdo, afinal, Lobo é um dos personagens mais politicamente incorretos de toda a história. Existem até boatos de que ele estará no novo filme da Liga da Justiça, mas não é sobre ele que eu quero falar hoje. É sobre o outro machão, o que já ganhou um grande filme (há controvérsias) estrelando Sylvester Stallone, com direito a lentes de contato azuis. Dredd 3D (Dredd 3D, EUA, 2012) é a mais nova adaptação de quadrinhos na telona e um remake daquela obra fantástica de 1995. Quer saber o veredito do Juiz? Então chega mais que eu te conto.



O filme mostra um futuro pós-apocalíptico onde a America foi transformada num grande deserto pelas armas nucleares. Mega City Um é uma das últimas cidades habitáveis da Terra, mas uma cidade que pega quase todo o território americano, com cerca de 800 milhões de habitantes (imagina na Copa). Se países com uma população bem menor têm sérios problemas de segurança, Mega City Um não é diferente. O crime reina nas ruas. A única força capaz de manter a ordem são os “Juízes”, policiais que receberam o poder de juiz, júri e carrasco. O Juiz Dredd (Karl Urban) é um dos melhores e mais durões da cidade, ao melhor estilo xerifão do interior. Durante um treinamento de rotina, Dredd e sua aluna são presos dentro de um complexo habitacional de 200 andares com uma gangue INTEIRA de criminosos, liderados por Ma-Ma (Lena Headey).



O veredito? Culpado. Culpado de ter um enredo fraco. Culpado tentar recriar um personagem que já era ótimo. Culpados de não terem seguido o exemplo do primeiro filme e explorado mais o universo do Juiz Dredd. Se você não está fazendo um filme sobre o ataque as Torres Gêmeas, é MUITA OUSADIA fazer um filme inteiro dentro de um prédio. Por maior que seja o prédio, se as pessoas quisessem ver apenas um ambiente ficariam em casa vendo Pedro Bial e o Big Brother Brasil.



Por outro lado, o filme é culpado de coisas bem positivas (pelo menos pra mim.) Ele é muito (mas muito mesmo) violento, é sangue 3D pra todo lado. Outro ponto positivo é o visual do filme. Se você é como eu e dormiu tentando ver Árvore da Vida, seus problemas se acabaram. O filme tem cenas em slow motion simplesmente fantásticas, inclusive um dos melhores tiroteios que eu já vi nas telonas. No fim, não é um filme fantástico, mas também não é muito ruim. Os fãs dos quadrinhos talvez gostem, já que o personagem continua durão e violento, mas não é um filme pra levar sua vó, mas afinal, quem leva a vó no cinema?


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