
Um diretor iniciante, belga-coreano, conta sua própria história em um média-metragem que mistura depoimentos, imagens de arquivo e animação. Isso poderia dar certo? A verdade é que Cor de Pele: Mel (“Couleur de peau: Miel”, Bélgica/França/Coréia do Sul/Suíça, 2012) supreende e agrada, aproveitando muito bem seus 74 minutos. O projeto foi escrito e dirigido pelo seu protagonista, Jung, em parceria do diretor e animador Laurent Boileau.
Em um período de forte crise na Coréia, Jung, com apenas cinco anos, foi encontrado por um policial nas ruas de Seul. Encaminhado para a adoção, foi recebido em um lar na Bélgica, onde conheceu seus quatro novos irmãos. Lá, o jovem cresceu, amadureceu, viveu todo tipo de conflito e tornou-se cartunista (a animação do filme é baseada em desenhos do prórpio diretor, que também contou sua biografia em quadrinhos). Aos 42 anos, ele retorna pela primeira vez à Seul. Enquanto tenta recuperar seu passado, o diretor revive diversos momentos de sua história, alguns filmados, outros ilustrados por uma simpática animação.
O filme consegue montar quase sempre muito bem os recortes de animação, arquivos e depoimento. O narrador surge suavemente, sem perturbar o fluxo da história. Com o tempo, uma trilha sonora caída vai ganhando força. Se por um lado parece pretensioso, por parte do diretor iniciante, contar sua própria história, por outro, a forma com que o roteiro é conduzido consegue cativar. Tramitamos pela dura realidade de uma pessoa sem nação, com dificuldades para se adaptar, ser aceito e de se aceitar. Até que distância os laços de sangue podem amordaçar uma pessoa? O que representa uma família? O que é ser amado?
A história risca momentos pelos quais todos passamos, porém, pelo ponto de vista de um jovem que, em sua rebeldia, tem como escudo o fato de ser adotado. A produção tem um caráter antropólogo e psicológico aguçado, respaldado por um trabalho técnico bastante competente.
Em um período de forte crise na Coréia, Jung, com apenas cinco anos, foi encontrado por um policial nas ruas de Seul. Encaminhado para a adoção, foi recebido em um lar na Bélgica, onde conheceu seus quatro novos irmãos. Lá, o jovem cresceu, amadureceu, viveu todo tipo de conflito e tornou-se cartunista (a animação do filme é baseada em desenhos do prórpio diretor, que também contou sua biografia em quadrinhos). Aos 42 anos, ele retorna pela primeira vez à Seul. Enquanto tenta recuperar seu passado, o diretor revive diversos momentos de sua história, alguns filmados, outros ilustrados por uma simpática animação.
O filme consegue montar quase sempre muito bem os recortes de animação, arquivos e depoimento. O narrador surge suavemente, sem perturbar o fluxo da história. Com o tempo, uma trilha sonora caída vai ganhando força. Se por um lado parece pretensioso, por parte do diretor iniciante, contar sua própria história, por outro, a forma com que o roteiro é conduzido consegue cativar. Tramitamos pela dura realidade de uma pessoa sem nação, com dificuldades para se adaptar, ser aceito e de se aceitar. Até que distância os laços de sangue podem amordaçar uma pessoa? O que representa uma família? O que é ser amado?
A história risca momentos pelos quais todos passamos, porém, pelo ponto de vista de um jovem que, em sua rebeldia, tem como escudo o fato de ser adotado. A produção tem um caráter antropólogo e psicológico aguçado, respaldado por um trabalho técnico bastante competente.
