quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Emoções Tão Fortes, Corações Tão Perto.

O três vezes indicado ao Oscar Stephen Saldry é um apaixonado pelas emoções humanas. Depois de dirigir obras como "Billy Elliot", "As Horas" e "O Leitor", aclamadas pelo público e pela crítica, o diretor nos presenteia com mais uma belíssima história de superação, que promete deixar os espectadores aos prantos: Tão Forte e Tão Perto ("Extremely Loud & Incredible Close", EUA, 2011). Indicado ao Oscar de Melhor Filme, a película, adaptada do aclamado best-seller de Jonathan Safran Foer, é uma daquelas obras raras que poucas vezes se vê na tela grande.

Chega a ser impossível não se emocionar com a história de Oskar Schell (Thomas Horn), um menino de 11 anos que vê seu mundo desabar depois que o pai e melhor amigo, Thomas (Tom Hanks), morre nos atentados ao World Trade Center. Desesperado por manter a lembrança dele viva em seu coração, ele acha uma chave e parte em uma busca para descobrir a fechadura que ela abre, imaginando que encontrará uma mensagem do pai e um novo sentido para a sua vida.


A jornada de descobrimento desse menino é simplesmente tocante e apaixonante. À medida que ele procura pelas ruas da assustadora Nova York, Oskar vai conhecendo as histórias de superação de outras pessoas e conhecendo mais a sua própria família. Aliás, a história do Locatário mudo é uma das melhores coisas de todo o filme, rendendo uma indicação de Melhor Ator Coadjuvante para Max Von Sydow.


Tão Forte e Tão Perto é um filme tanto técnico quanto emocional. A direção de Daldry acertou em cheio ao privilegiar a visão de uma criança sobre Nova York, com seus prédios enormes e carros assustadores. Mas se fosse só isso, o filme seria apenas técnica e técnica sem alma não vale lá muita coisa. O grande mérito dele está em seu roteiro, de Eric Roth, que retrata a emocionante relação entre um pai e um filho com maestria. Relacionando o World Trade Center com lendas da cidade de Nova York, Roth escreve mais do que apenas uma história rasa, mas uma profunda relação de cada espectador com sua própria família e seus próprios medos.


Isso é Tão Forte e Tão Perto. Um filme cheio de alma, cheio de coração. Um filme que, mais do que uma bela fotografia, mais do que belas tomadas, tem o poder de te arrancar da sua cadeira e te levar direto para o coração de Oskar Schell. E lá, fica impossível não embarcar em sua jornada. E chorar do começo ao fim.



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