quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Pula Logo e Acaba Com Isso

Quando assisto a um filme ruim no cinema a ideia de sair da sala é sempre tentadora. Dessa vez não sai, quase dormi e nunca torci tanto para alguém pular de um prédio. Pois agonia de assistir a mais do mesmo é sempre tênue, eles poderiam melhorar o que já foi feito, quando na verdade acabaram piorando a fonte de onde beberam.


A Beira do Abismo (“Man on a Ledge”, EUA, 2011) é um tiro no pé. O diretor Asger Leth saiu do mundo dos documentários para tentar seu primeiro longa de ficção e errou feio. Embora seja despretensioso e tenha sido criado para puro entretenimento, esse suspense só conseguiu me deixar animado quando subiram os créditos.


O que salva um pouco é a atuação de Sam Worthington (embora seu sotaque americano fique indo e vindo) no papel principal do ex-policial Nick Cassidy. Para provar sua inocência ele decide chamar atenção da mídia e da polícia ao ameaçar se jogar do alto de um hotel em Nova Iorque. Enquanto seu irmão está em outro prédio executando a parte principal, embora não mais interessante, do plano.


Um roteiro “clássico” de suspense, tenta nos conduzir ao clímax, mas termina como uma mera masturbação. Daí você adiciona um flerte no ar, elenco atraente fisicamente e muito alívio cômico desnecessário. O saldo disso? Ficamos assim, com vontade de fazer vários trocadilhos infames com o nome da película e de gritar “Pula logo, cara”. Porque se ele não pular, a gente empurra e sai correndo, dele e do filme.

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