terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Suásticas Draconianas

O livro de Stieg Larson se tornou um Best Seller mundial, fez uma carreira modesta na adaptação sueca e agora está tentando a sorte grande em Hollywood. Comparações entre as duas versões O Homem que não Amavam as Mulheres("The Girl With The Dragon Tatoo", EUA/Suécia/Inglaterra/Alemanha, 2011) são inevitáveis. Ainda assim, a versão americana consegue falar por si só. Uma pena que nem sempre queremos ouvir o que ela tem a dizer.


O filme é uma sucessão de fracassos. Fracassa em capturar aquela realidade européia neo-nazista. Fracassa em criar uma atmosfera cyberpunk. Fracassa em forjar uma estética steampunk (que fica parecendo instagram). As cenas violentas ficaram “arejadas”. A lista continua. Apesar de David Fincher ser um dos bem cotados da atualidade, esse não é seu melhor trabalho. O Roteiro também possui mais furos do que um queijo sueco. Além de informações mal plantadas, o caráter do protagonista aparece branco em alguns momentos. Mas nada incomoda mais do que a forma desconexa que o filme mantém até o encontro dos dois personagens principais. Enfim, ta tudo uma bagunça.


Mas, por trás de tanta coisa ruim, tem uma coisa que salva o filme (e eu pretendo gastar o próximo parágrafo falando disso). A atriz Rooney Mara consegue dar vida a uma das entidades mais mórbidas que o cinema viu esse ano. A atuação dela está um chute no traseiro, de diversas maneiras. Daniel Craig é um bom ator, mas mesmo assim ela está engolindo ele (vou resistir fazer piadinhas nessa parte). Junte isso com um jeito esquizofrênico completamente original com algo até de bonitinho e não há dúvidas que a nossa Lisbeth Salander é a melhor de todos os mundos. Os nerds vão querer pegar ela.

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