segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Quebrando Preconceito com Melodrama


Longas melodramáticos tendem a ser bregas, exagerando na interpretação dos atores e músicas ao fundo geralmente tentando arrancar lágrimas dos espectadores a qualquer preço. Mas quando bem pensado e executado, pode se tornar um daqueles filmes para a vida toda, e este é o caso de Crying Out Love (Japão, 2004), baseado no best-seller homônimo.



Sakutaro Matsumoto é um médico de 34 anos que carrega a dor da perda de seu primeiro amor: Hirose Aki, falecida há 17 anos devido à leucemia. Durante todo este tempo, ele procurou esquecê-la, mas ela o atormenta em seus sonhos. Um dia, Sakutaro recebe um cartão de sua ex-professora, dizendo que a escola onde ele estudou será demolida, e então ele resolve voltar para sua cidade natal. Lá, tudo faz lembrar dos momentos que viveu com a Aki.



É incrível como Sakutaro valoriza todos os momentos  que viveu com a Aki. Até mesmo um velho walkman da Sony guardado em uma de suas gavetas traz lembranças de seu antigo amor. Cada cantinho, cada foto, cada cenário traz recordações dela. São aquelas memórias felizes que entristecem o protagonista justamente por não poder vivê-las novamente.


O que incomoda é o fato dele ser noivo na atualidade, e ficar "remoendo eternamente" aquele grande amor da sua vida. Ao mesmo tempo que ele valoriza todas as lembranças da Aki, ele não parece valorizar sua atual noiva, que faz praticamente de tudo por ele. Em muitos momentos da vontade de dizer "eu no lugar dela já teria arrumado outro!".


Crying Out Love é muito bem feito e bastante dramático. Perfeito para mulheres que adoram uma linda (e trágica) história de amor. O livro best seller foi adaptado para o cinema, e também para o formato "Dorama", que são as mini-séries japonesas. Prepare os lenços.


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...