Muitos filmes inspirados em músicas estão por vir esse ano. Mas muitos deles estão se baseando nos fatos sólidos que a música narra. Abismo Prateado rouba esses eventos e os transforma a seu gosto. Estrelando Alessandra Negrini, Otto Jr. e dirigido por Karim Ainouz a equipe falou sobre o desafio do que é adaptar uma música para a telona.
A música-máter de Abismo Prateado é “Olhos nos Olhos”, do Chico Buarque. A escolha da canção veio do diretor. O que torna mais surpreendente por esse projeto ser iniciativa de um produtor. “O produtor me convidou pra fazer um filme baseado em uma música, então eu escolhi essa. E ele topou. (...) Eu sempre gostei da obra do Chico Buarque, mas de todas as músicas dele, essa era pra mim a mais íntima.”
Karim confessa que a maior preocupação dele contando essa história foi não reproduzir a “carta” que a música canta. Para ele foi necessário entender o que a música conta para poder criar em cima dela, depois disso, todas as pirações vieram organicamente.
Alessandra Negrini, que já conhecia e gostava da música do Chico adquiriu uma nova audição para a música. Assim ela criou a personagem Violeta, uma dentista de Copacabana que acaba de ser abandonada pelo marido, que, por sua vez, decide sair pelo mundo em uma jornada de descobertas. Mesmo só aparecendo no início do filme, Otto, que interpreta esse homem, conta que também precisou criar o personagem com peso na narrativa. “Eu queria que fosse alguém que fizesse falta.”
Além da canção tema, o som prega um papel importante na mise em scene do filme. “Eu sempre trabalhei com editores de som excelentes. Até na fotografia tinha essa preocupação com o som, em achar a lente do som. E no roteiro tinha até mais falas, mas quando nós estávamos gravando a gente sempre chegava e dizia ‘Vamos fazer um take sem fala?’” Esse silêncio acaba sendo a atmosfera que perpassa por todo o filme.
“Para se adaptar uma música tem que se pensar o aspecto literal dela, em que o cinema exige uma diferente imaginação. Mas o filme também tem tom, e tem que tomar muito cuidado para não desafinar, já que o filme tem muito mais elementos.” É o que afirma Karim sobre as dificuldades de se adaptar uma música para o cinema. Nisso tudo, ainda resta uma pergunta. Não, Chico Buarque ainda não viu o filme. Mas deve ver logo, matando de curiosidade toda a equipe da produção.
A música-máter de Abismo Prateado é “Olhos nos Olhos”, do Chico Buarque. A escolha da canção veio do diretor. O que torna mais surpreendente por esse projeto ser iniciativa de um produtor. “O produtor me convidou pra fazer um filme baseado em uma música, então eu escolhi essa. E ele topou. (...) Eu sempre gostei da obra do Chico Buarque, mas de todas as músicas dele, essa era pra mim a mais íntima.”
Alessandra Negrini, que já conhecia e gostava da música do Chico adquiriu uma nova audição para a música. Assim ela criou a personagem Violeta, uma dentista de Copacabana que acaba de ser abandonada pelo marido, que, por sua vez, decide sair pelo mundo em uma jornada de descobertas. Mesmo só aparecendo no início do filme, Otto, que interpreta esse homem, conta que também precisou criar o personagem com peso na narrativa. “Eu queria que fosse alguém que fizesse falta.”