Pensei em brevemente apresentar o genial cineasta protagonista de nosso especial. Porém, meus caros colegas do
LixeiraDourada já o fizeram. Então, como acrescentar algo sobre o que essa grande mente deixou como legado? Depois de tantos textos, já podemos ter uma ideia de como a visão de um homem, desse homem, influenciou todo o mundo do cinema. E mais, transcendeu para a cultura pop, e outras formas de arte.
A sua obra não vasta em termos de quantidade (13 longa-metragens) é aclamada por transbordar qualidade. O cineasta criou/praticamente batizou os longos planos contemplativos. Podemos ver sua influência diretamente em vários filmes, como a cena de abertura em
Boogie Night - Prazer sem Limites (1997) e a cena do restaurante em
Os Bons Companheiros (1990). - Kubrick nos impôs sua visão única sobre os seres humanos e o que está ao nosso redor, nos obrigou a pensar. Como por exemplo ter colocado uma geração para rever seus conceitos ao lançar, em plena Guerra Fria, a comédia de humor negro sobre uma guerra nuclear,
Dr. Fantástico.
E como dito anteriormente, sua obra não foi apenas reinterpretada na sétima arte. Com milhares de camisas estampadas com seus filmes, influências nas passarelas do mundo inteiro. Kubrick indiretamente fomentou o mercado da moda intensamente, e como não poderia deixar de ser, até o universo da música. Com reinterpretações de seu estilo feitas por cantoras mais engajadas, como Lady Gaga, e outras mais genéricas, como Rihanna.
A questão é: torna-se inegável admitir que Kubrick e sua visão se tornaram um rentável produto tanto para a indústria alternativa, como para o grande conglomerado pop. Passando por tutoriais de maquiagem no Youtube sobre como fazer os olhos de Alex em
Laranja Mecânica (1971), até pinturas nas galerias mais badaladas do mundo. Isso está longe de ser ruim, pelo contrário. Sem saber, Stanley Kubrick fez uma obra de multiplataforma, faleceu em glória e deixou um trabalho imortal e de grande referência para as gerações que ficaram, e as que estão por vir.
