Com Nova Iorque agora sendo a capital dos filmes indies e a França ainda considerada o berço do cinema de autor dos anos 60, nada de errado em juntar os dois. Isso foi feito em 2 Dias em Nova Iorque (“2 days in New York”, França/Alemanha/Belgica, 2012). Uma idéia até um pouco controversa, mas com a atitude certa pode até dar certo. Infelizmente, esse não é o caso.
As angústias existenciais de Godard agora vão para Williamsburg na forma de uma família a lá Focker que vem para a vernicase de sua filha que namora um americano negro. A obra segue bem o padrão antiilusionista, como uma miniplot, bem pesada nos sintagmas e na pluralidade de personagens. Acontece que nenhum deles consegue te cativar decentemente, nem mesmo a dupla de protagonistas encabeçada por Chris Rock e Julie Delpy. O que acaba acontecendo? O filme é fatalmente desinteressante e todas as situações constrangedoras que deveriam ser engraçadas ficam somente irritantes e desnecessárias.
Esse não é o único problema do filme. A fotografia é estéril e o roteiro é um emaranhado de fios soltos que, por mais que gerem alguma expectativa, não levam a nada. Depois de certo ponto, até os sintagmas começam a ficar chatos. Quando é a hora de acertar as contas, nem Vincent Gallo consegue salvar o filme.
As comédias famíliares são arquitetadas para serem constrangedoras. Só que, sem uma ressalva no final ela se torna simplesmente desagradável. Você fica com vontade de sair do cinema só para aquela tortura terminar.

As angústias existenciais de Godard agora vão para Williamsburg na forma de uma família a lá Focker que vem para a vernicase de sua filha que namora um americano negro. A obra segue bem o padrão antiilusionista, como uma miniplot, bem pesada nos sintagmas e na pluralidade de personagens. Acontece que nenhum deles consegue te cativar decentemente, nem mesmo a dupla de protagonistas encabeçada por Chris Rock e Julie Delpy. O que acaba acontecendo? O filme é fatalmente desinteressante e todas as situações constrangedoras que deveriam ser engraçadas ficam somente irritantes e desnecessárias.
Esse não é o único problema do filme. A fotografia é estéril e o roteiro é um emaranhado de fios soltos que, por mais que gerem alguma expectativa, não levam a nada. Depois de certo ponto, até os sintagmas começam a ficar chatos. Quando é a hora de acertar as contas, nem Vincent Gallo consegue salvar o filme.
As comédias famíliares são arquitetadas para serem constrangedoras. Só que, sem uma ressalva no final ela se torna simplesmente desagradável. Você fica com vontade de sair do cinema só para aquela tortura terminar.
