terça-feira, 9 de abril de 2013

Esquecimento

Está entrando em cartaz o filme cujo protagonista parou o Rio de Janeiro na Semana Santa. Depois de se tornar praticamente um especialista no gênero, Oblivion (EUA, 2013) é mais um pra entrar na lista de filmes de ação futurista de ficção científica de Tom Cruise. E não chega a ser bem um "Minority Report", mas dá conta do recado.


Depois que uma raça de alienígenas explode a Lua para que todo o nosso ecossistema entre em colapso (como se precisasse de alguém de fora pra natureza parar de funcionar), a humanidade entra em uma guerra nuclear contra nossos invasores. É claro que, depois de disparar algumas ogivas nucleares, nós ganhamos a guerra e expulsamos os ETs malvados daqui, mas ficamos com um planeta tão destruído que somos obrigados a ir embora, e milhões de pessoas saem num êxodo interplanetário e passam a habitar uma das luas de Saturno. 


Só que pra manter tudo funcionando por lá, precisamos extrair os últimos recursos naturais da Terra, e é aí que entra Jack Harper (Cruise), uma espécie de patrulheiro que ficou pra trás pra garantir que uns últimos aliens rebeldes não estraguem toda a operação. Ele conta com o apoio da bela oficial Victoria (Andrea Riseborough), que é a responsável por intermediar o contato entre ele e a estação espacial Tet, onde está o comando de tudo. 


Um belo dia, durante uma de suas patrulhas, um objeto não identificado cai bem perto da "fronteira" entre a área segura e o território contaminado. Contrariando as ordens que recebe, Jack vai investigar o ocorrido e acaba encontrando um módulo espacial pré-guerra e, dentro dele, uma jovem oficial em sono criogênico, Julia (Olga Kurylenko), que mais tarde descobrimos ter sido sua esposa. Filme vai, filme vem, ele acaba sendo capturado por uma espécie de clã de humanos conspiradores liderados pelo Coronel Beech (Morgan Freeman) e descobre que sua vida não é exatamente como ele se lembrava.


Como já é de se esperar de qualquer grande produção de Hollywood (apesar de algumas não chegarem lá), os efeitos visuais são fantásticos. A imagem da lua despedaçada no céu ao anoitecer chega a ser poética. No geral é um bom filme que vai divertir os maiores fãs do gênero, mas os mais exigentes podem perceber que em alguns momentos o roteiro falha e a trama se torna um pouco arrastada.

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