quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Tão Real Quanto um Game

Quantas vezes os amante dos vídeo games já ouviram a seguinte frase: "Nossa...parece que você está assistindo um filme!"? Acredito que nem mesmo usando os dedos das mãos e dos pés descobriremos esse número. Isso se deve graças aos fantásticos gráficos dos jogos de guerra e de primeira pessoa, os principais responsáveis pela surpresa de vários indivíduos. Virando a mesa, neste fim de semana, chega às telonas um filme que utiliza com bastante freqüência os planos de câmeras usados pela maioria dos jogos com essas temáticas.



Ato de Coragem (Act of Valor, EUA, 2012) trás para os cinemas uma história muito similar há um enredo de um game de guerra. Mas, desta vez, não sera necessário um joystick, já que seremos meros espectadores. O longa conta a história dos Navy SEALs, equipe de elite da Marinha dos Estados Unidos, que recebe a missão de resgatar uma agente da CIA sequestrada. Porém, isso os levará há um caçada a um terrorista que pretende fazer com que os atentados de 11 de Setembro pareçam um simples “passeio ao parque”.


Diferente de filmes como “O Resgate do Soldado Ryan” e “Platoon”, os quais possuem toda uma dramaturgia envolvendo o enredo, esse é quase uma aula de ações tácticas para militares novatos. E para tentar se aproximarem ainda mais da realidade (já que o filme é baseado em fatos reais) os produtores resolveram ter como protagonistas principais oito membros da Marinha dos Estados Unidos. Aspecto no qual deve ter ajudado a agilizar as gravações, já que os “atores” não precisaram de treinamento especializado (para os deligados de plantão que quiserem saber o porquê… pense mais um pouco antes de perguntar).


Apesar desses fatos serem uteis à atrair público para as salas de cinemas (ou até mesmo afastar), existem alguns pontos negativos dos quais todos precisam estar cientes previamente. Primeiro, o longa é da “família” de muitas outras produções que destacam o sentimento patriótico dos nossos caros companheiro norte-americanos. Os ideais de honra, união e liberdade são cuspidos em nós a todo o momento. Além disso, o filme começa de uma maneira pouco criativa: pelo final. Eu gostaria de saber quem foi que inventou esse tipo de início? Alguém tem que avisá-los que, dependendo da história, ele pode se tornar muito previsível. Acabando com qualquer possibilidade e surpresa para quem o assistir (este longa integra o grupo).


Contudo, espero que esses motivos não os impeçam de assistir alguns atos de coragem de militares norte-americanos. O filme não é nenhum sétima maravilha da sétima arte, mas consegue segurar a atenção da maioria de seus espectadores.

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