sábado, 11 de agosto de 2012

Стиляги в Москве - Hipsters em Moscou



Há alguma maneira melhor de começar a falar sobre um país do que quebrando estereótipos? Quem imaginaria um filme musical russo pronto para ser copiado (ok, os ianques chamam de remake – e sim, eles realmente vão fazer um) pelos norte-americanos? Por isso mesmo vamos começar com esse colorido e divertindo exemplar. Bem vindo ao Ciclo Rússia, daragoi druk.


Esqueçam a vodka (por enquanto) e vamos falar sobre arte na terra dos Montes Urais. Hipsters (“Stilyagi”, 2008) é dirigido por Valeriv Todorovskiy e com roteiro de Yuriy Korotkov (baseado em seu próprio livro Boogie Bones).


Comédia musical é realmente difícil de associar ao cinema moderno da Rússia. Tradicionalmente os diretores pós-união soviética focam em experiências negativas. Tudo começa a mudar na virada dos anos 2000 quando uma onda de dinheiro vindo do óleo e combustível acelerou a economia de tal forma que até o cinema foi favorecido. Abrindo assim portas para o cinema comercial da antiga URSS.


No caminho dessas novas pontes, portas e janelas abertas, o filme de Todorovskiy apresenta um elenco de estrelas russas, um roteiro dinâmico e uma fotografia caprichada. Além do figurino digno de fazer qualquer hipster de hoje morrer de inveja.


Hipsters nos leva para Moscou, 1955, dois anos após a morte de Stalin. No fervor da Guerra Fria, os chamados hipsters – de então – são um grupo de jovens com mentalidade ocidental, amantes de jazz, com moral questionável e notável senso de moda e estilos apurados. - E qual a melhor forma de chocar o conservadorismo e esse mundo tão diferente? Uma história de amor (sim, nem os russos fogem de clichés tão básicos e até necessários). Ela, uma hipster, ele, um tradicional russo membro da Komsomol. Cheira a Romeu e Julieta? Talvez. A questão é: a Rússia sabe fazer filmes tão diferentes da imagem que o mundo faz do maior país da Terra. E esse é delicioso, druks.
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