Último filme exibido nesta edição do Festival de Cinema de Gramado, Jorge Mautner - O Filho do Holocausto chegou com uma imagem contraditória: uma grande expectativa por se tratar da vida de de um dos maiores artistas do Brasil e um certo preconceito por ser um filme co-dirigido pelo jornalista Pedro Bial. Mas os que torciam contra apenas por causa deste detalhe devem ter ficado bem frustrados…
Num passeio alegórico pela vida e obra desse artista multifacetado, o documentário contrói sua narrativa através da alternância entre declamações poéticas, leituras de trechos de seus livros, números musicais e, é claro, entrevistas com Mautner e amigos ilustres, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nelson Jacobina e Amora Mautner. O trecho com Amora, filha do músico, talvez seja um dos mais importantes e divertidos de todo o filme, pois vai além da entrevista tradicional e mostra um emocionante diálogo entre os dois, definindo claramente a personalidade dele.
Como não podia ser diferente, cada vez que uma apresentação musical se encerra nos provoca uma imensa vontade de começar a aplaudir, no meio do filme mesmo. A direção de arte é beíssima, coisa (infelizmente) rara nos documentários nacionais, e é o recurso estético mais evidente. A linguagem narrativa usada para a montagem do filme, no entanto, talvez seja excessivamente televisiva, talvez por conta de Pedro Bial, talvez pelo apoio supremo do Canal Brasil, que certamente irá exibir o documentário diversas vezes quando ele encerrar seu ciclo por festivais.
Esse tipo de linguagem não costuma me provocar incômodos no cinema, mas O Filho do Holocausto me causou a nítida impressão de que seria um filme mais agradável se houvessem intervalos comerciais em alguns momentos. E mesmo em se considerando a origem judaica de Jorge Mautner, o título não se justifica propriamente, já que o assunto não é muito abordado a não ser no início do filme. Provavelmente não será uma dessas obras que carregam multidões para os cinemas, mas sem dúvida é garantia de audiência na tv fechada.
Num passeio alegórico pela vida e obra desse artista multifacetado, o documentário contrói sua narrativa através da alternância entre declamações poéticas, leituras de trechos de seus livros, números musicais e, é claro, entrevistas com Mautner e amigos ilustres, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Nelson Jacobina e Amora Mautner. O trecho com Amora, filha do músico, talvez seja um dos mais importantes e divertidos de todo o filme, pois vai além da entrevista tradicional e mostra um emocionante diálogo entre os dois, definindo claramente a personalidade dele.
Como não podia ser diferente, cada vez que uma apresentação musical se encerra nos provoca uma imensa vontade de começar a aplaudir, no meio do filme mesmo. A direção de arte é beíssima, coisa (infelizmente) rara nos documentários nacionais, e é o recurso estético mais evidente. A linguagem narrativa usada para a montagem do filme, no entanto, talvez seja excessivamente televisiva, talvez por conta de Pedro Bial, talvez pelo apoio supremo do Canal Brasil, que certamente irá exibir o documentário diversas vezes quando ele encerrar seu ciclo por festivais.
Esse tipo de linguagem não costuma me provocar incômodos no cinema, mas O Filho do Holocausto me causou a nítida impressão de que seria um filme mais agradável se houvessem intervalos comerciais em alguns momentos. E mesmo em se considerando a origem judaica de Jorge Mautner, o título não se justifica propriamente, já que o assunto não é muito abordado a não ser no início do filme. Provavelmente não será uma dessas obras que carregam multidões para os cinemas, mas sem dúvida é garantia de audiência na tv fechada.
