quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Futuro do Pretérito

Arnold Schwarzenegger, o famoso Arnoldão, tem alguns dos filmes que eu mais vi na vida. Não só porque True Lies e O Exterminador do Futuro passavam tanto na "Sessão da tarde" que eu temia que em algum momento até ele fosse parar na Lagoa Azul, mas porque são filmes que eu realmente gosto. Então você pode imaginar que quando eu soube que um dos clássicos dele ganharia um remake, fiquei muito animado. Foi com esse sorriso que eu acordei pra ver O Vingador do Futuro (Total Recall, EUA, 2012). E deixa eu dizer, nunca pensei que sentiria falta do Arnold...

A história do novo filme é bem diferente daquele clássico de 1990, que se passa em Marte e foi gravado com a Curiosity. Após uma guerra química, restaram somente dois locais habitáveis no mundo: a Federação Unida da Bretanha e “A Colônia”, um dominador e o outro dominado, vou deixar esse super enigma de qual é qual pra vocês resolverem. Douglas Quaid (Collin Farrell) é um operário que está descontente com o rumo que a sua vida tomou e resolve recorrer a empresa Rekall, que promete memórias as pessoas tão reais como se tudo tivesse realmente acontecido. Daí pra frente, até que os filmes são bem parecidos: perseguições, tiros e MUITA tecnologia.


O filme não é só um remake do original, ele é uma espécie de compilado de vários filmes. Não é só porque ele é baseado no mesmo autor que originou Minority Report, Agentes do Destino, entre outros. Durante todo o longa você fica com a sensação de "já vi isso em algum lugar". Se não me falha a memória, eu acho que até algumas locações são parecidas. O visual geral da cidade, ainda que muito bonito, não passa de uma remasterização da cidade de Blade Runner. Já o visual da Colônia lembra muito Zion, do filme Matrix. Adicione tudo isso a duas colheres de Inception (porque tem alguns prédios flutuando no ar) e voilá! Um visual clichê.


Nem tudo no filme é ruim. Tem...tem...tem aquela...erm...ah! A mulher de 3 peitos. Não, não to falando da Angela Bismarchi. As coreografias do filme também são muito bem feitas. Tanto as lutas quanto as perseguições dão um belo show. Outra ponto positivo é que o filme faz referências ao original de 1990. Existe uma cena no aeroporto que talvez traga algumas lembranças aos fãs do original e eu tenho quase certeza que vi o taxista fazendo um bico nessa versão. Antes que eu esqueça, aparece o Obama no filme também. De um jeito bem...inusitado.


No fim, esse não é um filme que todo mundo vai curtir. Apesar de ser mais verídico que o antigo (lembrem-se que eu faço Comunicação, não sei nada de ciência) esse filme não vai muito além disso. Nem a mudança de sotaque da Kate Beckinsale consegue dar uma ajuda ao filme. Aliás, a própria presença da Kate já é um ponto negativo, já que no original a personagem era interpretada pela deusa, a diva, a nora que mamãe pediu, Sharon Stone. Não é só porque os personagens não vão a Marte que o filme não vai decolar. É porque ele é bem fraco mesmo. Diferente do Schwarzenegger.


Se você nunca viu o antigo ou viu e, como eu, adora, você tem que ler a nossa crítica especial sobre ele. É especial, vai perder? Veja aqui.

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