Arnold Schwarzenegger, o famoso Arnoldão, tem alguns dos filmes
que eu mais vi na vida. Não só porque True Lies e O Exterminador do Futuro
passavam tanto na "Sessão da tarde" que eu temia que em algum momento até ele
fosse parar na Lagoa Azul, mas porque são filmes que eu realmente gosto. Então
você pode imaginar que quando eu soube que um dos clássicos dele ganharia um
remake, fiquei muito animado. Foi com esse sorriso que eu acordei pra ver O Vingador do Futuro (Total Recall, EUA,
2012). E deixa eu dizer, nunca pensei que sentiria falta do Arnold...
O filme não é só um remake do original, ele é uma espécie de
compilado de vários filmes. Não é só porque ele é baseado no mesmo autor que
originou Minority Report, Agentes do Destino, entre outros. Durante todo o
longa você fica com a sensação de "já vi isso em algum lugar". Se não me falha a
memória, eu acho que até algumas locações são parecidas. O visual geral da
cidade, ainda que muito bonito, não passa de uma remasterização da cidade de
Blade Runner. Já o visual da Colônia lembra muito Zion, do filme Matrix.
Adicione tudo isso a duas colheres de Inception (porque tem alguns prédios
flutuando no ar) e voilá! Um visual clichê.
Nem tudo no filme é ruim. Tem...tem...tem aquela...erm...ah! A mulher de 3 peitos. Não, não to falando da Angela Bismarchi. As coreografias
do filme também são muito bem feitas. Tanto as lutas quanto as perseguições dão
um belo show. Outra ponto positivo é que o filme faz referências ao original de
1990. Existe uma cena no aeroporto que talvez traga algumas lembranças aos fãs
do original e eu tenho quase certeza que vi o taxista fazendo
um bico nessa versão. Antes que eu esqueça, aparece o Obama no filme também. De
um jeito bem...inusitado.
No fim, esse não é um filme que todo mundo vai curtir. Apesar
de ser mais verídico que o antigo (lembrem-se que eu faço Comunicação, não sei
nada de ciência) esse filme não vai muito além disso. Nem a mudança de sotaque
da Kate Beckinsale consegue dar uma ajuda ao filme. Aliás, a própria presença
da Kate já é um ponto negativo, já que no original a personagem era
interpretada pela deusa, a diva, a nora que mamãe pediu, Sharon Stone. Não é só
porque os personagens não vão a Marte que o filme não vai decolar. É porque ele
é bem fraco mesmo. Diferente do Schwarzenegger.
Se você nunca viu o antigo ou viu e, como eu, adora, você tem que ler a nossa crítica especial sobre ele. É especial, vai perder? Veja aqui.
A história do novo filme é bem diferente daquele clássico de
1990, que se passa em Marte e foi gravado com a Curiosity. Após uma guerra química,
restaram somente dois locais habitáveis no mundo: a Federação Unida da Bretanha
e “A Colônia”, um dominador e o outro dominado, vou deixar esse super enigma de
qual é qual pra vocês resolverem. Douglas Quaid (Collin Farrell) é um operário
que está descontente com o rumo que a sua vida tomou e resolve recorrer a
empresa Rekall, que promete memórias as pessoas tão reais como se tudo tivesse
realmente acontecido. Daí pra frente, até que os filmes são bem parecidos: perseguições, tiros e MUITA tecnologia.
Se você nunca viu o antigo ou viu e, como eu, adora, você tem que ler a nossa crítica especial sobre ele. É especial, vai perder? Veja aqui.
