
Sascha Baron Cohen ataca novamente com mais um disfarce absurdo. Dessa vez ele é O Ditador ("The Dictator", EUA, 2012), personagem que segue os passos de Bruno e Borat, tentando uma chance de se encontrar na América. Ainda assim, ele acabar ofendendo os valores e cidadãos locais. Não poderiamos esperar menos. Com uma mise en scene mais tradicional e o mesmo humor ácido de sempre, o filme recria seus antecessores, mas acaba investindo em fórmulas prontas e truques baratos que tiram o encanto do tirano.
Vale lembrar que esse é o primeiro personagem original do ator que não participou do show do Ali G, como foram Borat e Bruno. No que isso resultou? Aladeen carece do mesmo lapidamento e realismo das suas contrapartes austríaca e casaquistanesa. Ele não consegue se achar e acaba roubando pesadamente dos outros dois. O filme também pega bem leve para conseguir uma censura menor. Sim, a escatologia ainda está lá, mas nada que faça você querer vomitar.
O Ditador não chega perto das expectativas criadas por seus antecessores. Dito isso, o filme pode ser legal para quem nunca viu o que veio antes. Parece que no único evento do ano que desejamos ser ofendidos, não fomos insultados o suficiente. Ele é bem mais um filme pra sessão da tarde, só que não.
