sábado, 18 de agosto de 2012

Resgate ao Passado Chileno


Uma denúncia, um fato e uma história desconhecida do resto do mundo; podem ser bons pontos de partida para a criação de filmes reais ou ficcionais. Assim sendo, acredito que foi pensando nesses aspectos que o diretor e roteirista Hans Mülchi Bremer começou a dar início ao projeto que culminaria no documentário Calafate, Zoológico Humano (Chile, 2011). Onde é passada a angustia vivida por vários descendentes dos antigos Aborígenes que viviam na parte chilena da região de Calafate.


No fim do século XIX, os europeus iam até aquela região e obrigavam, através da força, esses indígenas a irem para a Europa com o intuito de serem expostos com verdadeiros animais em zoológicos. Agora, 125 anos depois, seus descendentes irão correr batalhar pelos restos mortais de cinco dos milhares indivíduos que foram “sequestrados” naquela época. E será graças aos incentivos do diretor do filme que eles poderão realizar um sonho centenário.


Como a maioria dos documentários produzidos ao redor do mundo, esse consegue atingir o objetivo de informar e matar a sede de curiosidade de muitas pessoas sobre a história se nossos visinhos Sulameriacanos. Porém, o filme peca nós aspectos de montagem e duração. Calafate, de acordo com o meu ponto de vista, é longo e várias vezes entediante. E isso é graças a uma montagem pouco dinâmica e lenta (algo que tem sido muito comum e vários documentários pelo mundo a fora. Mas, apesar de tudo, o lado emocional (quase igual a uma ficção) e o enredo da história conseguem segurar a platéia por um bom tempo (não durante toda a duração do longa).

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