O que seria sonhar? Seria se libertar de uma rotina estressante, a qual vivemos com maior intensidade a cada dia que passa? Ou, seria uma ação inconsciente de nós mesmos tentando ajudar-nos a realizar um desejo reprimido? Seja qual for à resposta, acredito que os sonhos são os responsáveis por nós ajudarem a tomar decisões de viver experiências inigualáveis. E é com este pensamento que três jovens irão mostrar ao Brasil inteiro que vale a pena correr atrás de seus sonhos, no filme Colegas.
O longa conta a história de Stallone (Ariel Goldenberg), Aninha (Rita Pokk) e Márcio (Breno Viola). Três jovens com Síndrome de Down que, influenciados pelos filmes que assistiram no instituto onde moravam, resolvem roubar um carro e ir atrás dos seus sonhos: o de ver o mar, o de se casar e o de voar; respectivamente. Em meio a está aventura, eles passaram por lugares inusitados e se envolvem em diversas confusões. Mas como se tudo não passe de uma grande brincadeira de cinema.
A maneira usada para construir a narrativa e a história, é nada mais nada menos que uma divertida brincadeira de rir, chorar e se emocionar. Se utilizando de referências claras de filmes de extremo sucesso, como “Telma & Louise”; “Cidade de Deus”; entre muitos outros, o diretor e roteirista Marcelo Galvão nós faz ver e simplicidade e inocência da vida das pessoas com Síndrome de Down. E que elas são tão iguais quanto os indivíduos considerados “normais”.
Além do mais, o filme se utiliza de muitas cenas hilariantes para agradar e cativar ainda mais a plateia. Foram poucas as vezes que eu não ouvisse nenhuma risada na sala de cinema. Nessas partes, o ator que se destaca cômicas é Breno Viola. Suas piadas e pegadinhas conseguem fazer até mesmo um velho carrancudo morrer de tanto rir. Também não podemos esquecer que ao longo da história, Marcelo faz críticas há polícia e a imprensa sensacionalista. Colegas é uma comédia, um drama e uma aventura que conseguem envolver a qualquer pessoa que se disponha a assistir-lo.
