quinta-feira, 9 de agosto de 2012

A Hannah Montana Cresceu

Tem coisa pior que aturar uma adolescente problemática? Pois é. E Lola ("LOL", EUA, 2012) tem um monte delas. Além de ter muita gritaria, confusão e conflitos tão profundos quanto um pires, o novo filme de Miley Cyrus é totalmente restrito para jovens de, no máximo, 15 anos que ainda amam assistir Rebelde na TV.



É claro que os fãs irão adorar assistir a sua diva pop preferida nos cinemas, mas é preciso alertar aos pais mais cautelosos: Lola não é um filme de criança. A Hannah Montana cresceu e agora fala abertamente sobre sexo e drogas. Então não espere um High School Musical da vida. Aqui os adolescentes não são castos nem coloridos. Não se trata de uma produção do Disney Channel. Lola é, na verdade, um remake de Rindo à Toa - Comédia francesa lançada por aqui em 2009.



Tanto este aqui quanto o longa original foram escritos e dirigidos pela mesma Lisa Azuelos. E é com profunda tristeza que podemos afirmar: a coitada errou o alvo duas vezes. Os personagens de Lisa são tão estereotipados e genéricos que ela poderia facilmente escrever a próxima temporada de Malhação. É clichê atrás de clichê. Triste ver que Hollywood tenha topado fazer uma refilmagem disso.



Mesmo já sendo conhecida mundialmente, Miley Cyrus ainda tem muito que aprender. Ela é visivelmente a pior atriz em cena e sua química com Demi Moore é praticamente nula. A fama de ex-estrela da Disney é totalmente passageira e Hilary Duff sabe muito bem do que estou falando. Miley já possui carisma, só é preciso lapidá-lo. Umas aulinhas de teatro não fazem mal a ninguém.



A única coisa boa é que, pelo menos, Lola não é um filme careta e possui uma ou outra cena engraçada. Faltou mais apuro na direção, faltou mais capricho no roteiro. Quase todos os problemas do longa são culpa de sua diretora Lisa Azuelos. Poderia ter sido um filme bem legal. Mas não é. Definitivamente não.

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