segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Reinvenção de Um Clássico

 

Fazendo uma comparação “torpe”, os filmes de Zatoichi são uma espécie de 007 oriental. Entre 1962 a 1989 houve vinte e seis longas-metragens com histórias independentes do espadachim cego, sendo um cine-seriado de bastante sucesso lá do outro lado do mundo. Quatorze anos depois do último longa, o diretor Takeshi Kitano resolve reviver o clássico personagem com Zatoichi: The Blind Swordsman (2003, Japão), dando uma roupagem moderna as histórias clássicas.

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Japão, século 19. Zatoichi (Takeshi Kitano) é um andarilho cego que sobrevive como massagista e jogador de cartas, mas por trás de sua aparência humilde esconde-se um espadachim de raro talento. Numa de suas andanças ele chega a uma aldeia dominada pelo sanguinário Ginzo (Ittoku Kishibe), que, com a ajuda do samurai Hattori (Tadanobu Assano), elimina quem se opõe a seus objetivos. O embate entre Zatoichi e a quadrilha de Ginzo torna-se inevitável quando o cego conhece duas gueixas que desejam vingar a morte dos pais.

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O interessante é como Takeshi conseguiu mesclar uma boa história com cenas bem violentas e muito sangue, ou seja, não soa como “desculpa para pancadaria sem fim”. Entretém pelo intelecto, mas também pelo sentimentalismo. Destaque para o uso das músicas, transmitindo com perfeição momentos de tensão e empolgação, num estilo que remete ao período Edo do Japão (século 17) que se passa o longa.

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Durante as duas horas de projeção somos apresentados a inúmeros personagens, o que leva a uma série de sub-tramas que pouco tem ligação com a história central. Apesar de divertidas, fica algum sentimento de frustração pelo espectador querer assistir a luta de Zatoichi. Zatoichi: The Blind Swordsman é uma excelente reintrodução do personagem que marcou história no cinema japonês. Sucesso de bilheteria no Japão, Coréia do Sul e China, é um ótimo filme de ação.
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