Todos dizem que a época mais complicada de um ser humano é a adolescência. É nessa faixa etária, de 13 a 17 anos, que os hormônios se encontram em constantes mudanças e que os conflitos, causados pela transição da juventude para a fase adulta, se intensificam ainda mais. Agora imagine que, por razões pessoais e por pressão da sociedade, uma menina seja induzida a amadurecer mais rápido. É mais ou menos essa a história que o diretor Beto Souza tenta nós ilustrar no filme Insônia.
Ao perder a mãe aos seis anos, Cláudia (Lara Rodrigues), na companhia de seu pai genial (Daniel Kuzniecka), muda da Argentina para o Brasil com o intuído de deixar as lembranças ruins para trás. Dez anos depois ela está em meio à adolescência e enfrentando as dúvidas e as indecisões de ter que amadurecer mais cedo para cuidar do pai e decidir se quer namorar ou não. Mas, para esclarecer todos esses assuntos, ela terá a ajuda de sua amiga e madrasta boa (não escrevi errado, ela é boazinha mesmo) Andréia (Luana Piovani).
O longa possui muitas similaridades com a maneira da qual uma adolescente em crise pensa. Ou seja, ele muitas das vezes é confuso, conflituoso e muito piegas. Além do mais, para ilustrar os pensamentos da protagonista, foram usados efeitos para deixar as imagens parecidas com desenhos feitos com lápis de cera. E esses, por usa vez, parecem ter sido feitas através do Instragram ou pelo Photo Booth. Já as atuações não são de todo o mal (já que os personagens tem uma história fraca). Contudo, o par romântico de Cláudia, Daniel (Nicolas Condito), parece que nem mesmo sabe falar, já que suas falas foram todas dubladas. Mas, por fim, acredito que este filme possa agradar as crianças e, talvez, alguns adolescentes.
