sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Tão Ruim Tão Bom

A personagem Tati surgiu na famosa peça Cócegas - Um êxito de público e crítica da dupla Ingrid Guimarães e Heloísa Pérrisé. A adolescente fez tanto sucesso que foi parar na Escolinha do Professor Raimundo, rendeu um livro e até ganhou um quadro de humor no Fantástico. Depois do estouro de Tati, Heloísa Périssé seguiu em frente. Fez filme, seriado, novela (...) e deixou Tati enterrada em um passado bem distante. Agora, por algum motivo do além, estreia O Diário de Tati (Brasil, 2006) nos cinemas.


Gravado em 2006, o filme amargou 6 anos na geladeira. Isso mesmo, amigos. 6 ANOS! 6 anos atrás eu tinha 15 anos e era um jovem puro e inocente. Hoje tenho 21. Acho que já deu pra acontecer bastante coisa na minha vida, né? Me casei, tive filhos, ganhei um Oscar... (Só que não). Imagine se o filme do Justin Bieber fosse lançado com 6 anos de atraso. Alguém ainda se lembraria dele? E o mais importante: Alguém ainda pagaria para assisti-lo? É a mesma pergunta que faço para O Diário de Tati : Quem vai ao cinema assistir isso? Os fãs saudosistas? Os adoradores de Marcelo Adnet? Não sei. Juro que não faço a mínima ideia.


O engraçado de assistir ao filme é que ele parece estar perdido no tempo. Curiosamente o elenco do longa reuniu nomes que viriam a fazer grande sucesso posteriormente: Marcelo Adnet, Gregório Duvivier e Maria Clara Gueiros eram ilustres desconhecidos em 2006 - Hoje são grandes nomes do humor brasileiro. Não que isso faça muita diferença ao filme, mas é legal ver que alguém ali prosperou. Os bons detalhistas ainda irão notar que Tati possui um pôster do cantor Felipe Dylon colado na parede do seu quarto. Acho que hoje em dia ela não teria um pôster dessa gracinha cheia de dreads e sobrepeso.  APENAS ACHO QUE NÃO.

                                                       
  Agora vamos falar um pouco do filme em si:  É tosqueira pura, gente. Fui para sessão esperando um Cinderela Baiana 2 e encontrei uma versão melhorada do High School Musical brasileiro. Eu um filme podre. Quanto pior o roteiro, quanto pior a direção... Melhor fica! Filmes péssimos são bons porque você simplesmente não acredita que eles existem. E pra falar a verdade, O Diário de Tati nem é tão ruim assim. Ele é tão tosco quanto qualquer filme da Xuxa ou do Renato Aragão. Na trilha sonora ainda podemos nos deliciar com umas canções ma-ra-vi-lho-sas interpretadas pela fofa da Heloísa Pérrisé. É uma amada mesmo, né gente? Se você não curte uma tosquice e nem entra no espirito da coisa: Fuja! Corra do cinema mais próximo. Mas se você gosta de se divertir e tem bom senso de humor: VENHA E SEJA FELIZ!  Esse filme foi feito para você.

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