Pessoas dizem que há 5 estágios pelo qual passamos ao lidar com uma perda trágica. Começa-se na negação e no isolamento, logo seguidos da raiva. Então vem a negociação, dando origem à tristeza, que quando curada, torna-se enfim a aceitação. Pode parecer muito simples, mas o último passo – aceitar a tragédia e assim poder seguir em frente – não é fácil.
Baseado no livro “Como Esquecer – Anotações Quase Inglesas", de Myriam Campello, o roteiro foca em aspectos particulares de um tema universal, tornando-se muito original e diferente da maioria dos filmes brasileiros atuais. O filme é narrado poeticamente como um conto trágico, mais sem cair num clima deprê, pois mantém um tônus cômico principalmente através do personagem de Murilo Rosa, numa atuação impecável.
Com uma boa fotografia e trilha sonora, o longa-metragem flui lindamente. Como um gama de personagens parecidos e ao mesmo tempo diferentes, é impossível não se identificar com pelo menos um. É uma lição em como dar aquele último passo, ultrapassar o sofrimento e conseguir finalmente seguir com a sua própria vida.