Segundo o dito popular: “O cachorro é o melhor amigo do homem”, mas nem todos concordam. Aqueles que duvidam, com certeza não assistiram Hachiko Monogatari (Japão 1987) ou o remake americano estrelado por Richard Gere. Baseado em uma história real, o filme é uma lição de lealdade
O professor universitário Hidesaburo Ueno (Tatsuya Nakadai) ganha um cão recém nascido da raça Akita. O cachorrinho conquista toda a família, e é batizado de “Hachi” (significa “oito” em Japonês). Ambos sempre vão juntos a estação de trem, pois Ueno trabalhava em um bairro distante, e Hachi sempre voltava na hora exata para buscá-lo. Um dia, durante uma palestra, o professor sofre uma hemorragia cerebral fulminante... Hachiko Monogatari consegue a façanha de ser mais emocionante e envolvente que o remake Hollywoodiano. Apesar do início parado, com diálogos que aparenta não contribuir em nada para o andamento do enredo, o filme vai progressivamente conquistando o espectador. O clímax no final leva até aos mais embrutecidos a derramarem lágrimas.
Sendo bastante fiel a história real, ele é ambientado nos anos 20, e as datas exatas dos acontecimentos são expostas. Nenhum personagem foi inventado. Os fãs de Akira Kurosawa perceberão que o protagonista é interpretado pelo ator Tatsuya Nakadai, que participou de diversos filmes do cineasta nos anos 50 e 60.
A história do cãozinho japonês fiel é bem conhecida. Virou livros e até desenho animado. Há vários casos no mundo todo, até mesmo o meu avô tinha um animal, no caso um gato, que o buscava na estação de ônibus quando era criança. Quem quiser conhecer esta história a fundo, Hachiko Monogatari irá satisfazê-lo. Prepare seus lenços.