É difícil encontrar atualmente um filme de animação que tenha um enredo tão simples e direto quanto “A Lenda dos Guardiões”. Normalmente, são espetáculos gráficos vazios com alguma mensagem barata e uma moral batida. Às vezes, o humor também é uma saída que esse tipo de filme encontra. Mas nesse caso é diferente: o filme foge da mesmice e alcança a diferença.
Esse império do mal é uma clara menção a Alemanha nazista de Hitler, o discurso é idêntico: Afirmam sua superioridade e a necessidade da purificação da raça. O filme critica o modo como a ideologia é usada para alienar as novas gerações como fazia o nacional-socialismo alemão. Tudo isso de uma maneira geral, para não deslocar o publico infantil.
O que chama atenção é a forma direta com a qual a história é contada: Não da voltas e nem enche o roteiro com pequenas lições morais dispensáveis, vai direto ao ponto. É um filme que foge de clichês e consegue criar um clima de curiosidade. Os acontecimentos são imprevisíveis e a ação é emocionante.
Portanto, diante de tantas animações preocupadas somente com a estética gráfica, “A lenda dos guardiões” se destaca por ter uma história original e ação envolvente. A fluidez da narrativa não perde o ritmo, estimula sempre a reação da platéia. É daqueles filmes infantis recomendáveis a todas as idades.