Imagine se, enquanto você estivesse repetindo de cor as falas de "Casablanca", sentado numa poltrona de seu trabalho na locadora mais próxima, de repente, levasse um tiro na cabeça! Esta é a história de Bazil (Dany Boon) no mais novo filme de Jean-Pierre Jeunet, Micmacs – Um Plano Complicado (“Micmacs à tire-larigot”, França, 2009).
Após o tiro, Bazil é considerado morto, perde seu emprego, é despejado de seu apartamento e vive todos os dias com o perigo iminente da bala atingir seu cérebro. Vagando desamparado por Paris, ele encontra os Tire-Larigot, um bando de freaks que moram no ferro velho e o recebem como mais novo membro da família. É então que Bazil, um dia, se vê de frente da empresa que produziu a arma que tentou matá-lo, e por incrível coincidência, esta é vizinha de outra companhia bélica, responsável pela morte de seu pai. Revoltado com o sucesso das empresas e da falta de preocupação com as conseqüências de seus atos, Bazil e seu bando elaboram um plano mirabolante para destruir as duas.
Não tenho o que reclamar de Micmacs. Sua trama bem elaborada prende o espectador, sobretudo através de seus personagens excêntricos e mímicas eternamente divertidas. A fotografia também é belíssima e enfatiza detalhes nunca mencionados do cotidiano. Ainda assim, é a direção de arte que rouba a cena, compondo todo o universo minimalista e funcional de bugigangas e máquinas dos Tire-Larigot. A trilha sonora de Raphaël Beau se aproveita disso ainda para colocar ruídos mecânicos na música, tendo como resultado algo original e maravilhoso.
Este longa simboliza o regresso de Jeunet aos cinemas após um sumiço desde “Amor Eterno” e “O Fabuloso Destino de Amelie Poulain”. Com um sentimento revolucionário e apelando aos instintos mais naturais ao homem, este filme vale a pena.
Após o tiro, Bazil é considerado morto, perde seu emprego, é despejado de seu apartamento e vive todos os dias com o perigo iminente da bala atingir seu cérebro. Vagando desamparado por Paris, ele encontra os Tire-Larigot, um bando de freaks que moram no ferro velho e o recebem como mais novo membro da família. É então que Bazil, um dia, se vê de frente da empresa que produziu a arma que tentou matá-lo, e por incrível coincidência, esta é vizinha de outra companhia bélica, responsável pela morte de seu pai. Revoltado com o sucesso das empresas e da falta de preocupação com as conseqüências de seus atos, Bazil e seu bando elaboram um plano mirabolante para destruir as duas.
