sábado, 2 de outubro de 2010

FESTIVAL DO RIO: Frisson Alienígena


Suponhamos que há seis anos a NASA tenha enviado uma sonda para coletar amostras de vid extraterrestre e que, na volta, essa sonda tenha caído acidentalmente em território mexicano. Agora, imaginemos que a missão inicialmente tenha sido bem sucedida e que, consequentemente, esse acidente tenha causado a formação de uma colônia de espécies alienígenas na Terra. Essas são as premissas de Monstros ("Monsters", Reino Unido, 2010), filme que, mais uma vez, fecha as fronteiras dos EUA e isola um pedaço do México do resto do mundo.



A trama percorre a saga do ousado repórter fotográfico Andrew Kaulder (Scoot McNairy), que se vê obrigado a interromper sua busca pela foto milionária para escoltar Samantha Wynden (Whitney Able), a filha do chefe, de volta aos EUA com segurança através da 'Zona Infectada'. Aliás, as excelentes atuações dos dois são os principais pilares que garantem a qualidade do filme e seguram a história até o fim.


Considerando o frisson que o filme está causando mundo afora, e as promessas do trailer, era de se esperar algo, no mínimo, um pouco mais inovador. Apesar da estrutura narrativa verossímil, bem ambientada, com diversos méritos para a direção de arte, a falta de originalidade e a tentativa de passar alguma lição através da velha metáfora do enclausuramento do povo americano, dominante, em seu próprio território não funcionam bem. E, se eu fosse mexicano, ia odiar o filme  partir do momento que considera México como América Central.


Os efeitos especiais, também muito bem executados, acabaram criando um dos pontos fracos do filme: os bizarros monstros do título são como seres telepáticos que saíram da cruza de polvos elétricos com caranguejos gigantes, que entram em algum tipo de transe ao tocar seus tentáculos em um televisor ligado. É, talvez tivesse ficado melhor com zumbis...

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