Em um complicado encontro cultural na cidade do Rio de Janeiro, Rio Sex Comedy (2010), do diretor norte americano Jonathan Nossiter, se perde na tentativa de criar comédia a partir de clichês. A produção pode até divertir em alguns momentos, mas ao tentar unir formatos agradáveis aos três países envolvidos na trama (Brasil, França e Estados Unidos), acaba fazendo uma complicada lambança.
A história da índia, por exemplo, que procura um deus norte americano para salvar sua tribo do fim é absurdamente comparável à “Lambada! A dança proibida”, um dos maiores insultos cinematográficos ao nosso país. Também não há como deixar de lembrar de “Terra estrangeira” com este longa, que aparenta bastante ser uma tentativa de reconciliação com o país após o documentário. Evidentemente, não deu certo.
Músicas bem legaizinhas, piadas bobas intercaladas com cenas que seriam sérias. Um ar documental, antropológico... Não é um filme para se desdenhar, principalmente porque tem grandes chances de se tornar polêmico e cair nas graças de estudiosos. É um trabalho para ser comentado, mas não admirado. Mais sorte na próxima.