quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Toda a Epicidade de Um Épico Moderno

Um rapaz de 23 anos que toca numa banda de rock. Deprimido com o término do namoro, quase um ano antes, não faz nada da vida a não ser enrolar garotinhas inocentes para tentar esquecer a ex. Além disso, mora de favor na casa de um amigo. Até aí, nada demais. Porém, um dia, ele conhece a garota dos seus sonhos e vê sua vida transformada em uma missão digna dos melhores arcade games, para chegar ao tão esperado final feliz. É mais ou menos nesse caminho que se desenvolve a trama de Scott Pilgrim Contra O Mundo ("Scott Pilgrim vs. The World", EUA/Inglaterra/Canadá, 2010).


Scott (Michael Cera) é um rapaz simples, alheio às inovações tecnológicas, que busca apenas um pouco de sossego em sua vida. Seu melhor amigo, Wallace (Kieran Culkin), abriu mão de sua privacidade e cedeu um pedaço do porão onde mora para ajudá-lo. A irmã, Stacey (Anna Kendrick), não é fria, mas presente. A namorada, Knives (Ellen Wong), é uma adolescente obcecada.


Então, em uma festa, ele avista uma garota sozinha num canto com seus cabelos cor-de-rosa e, é claro, se apaixona. Tenta puxar assunto, sem sucesso, mas acaba descobrindo o nome da forasteira que acabara de se mudar para a cidade: Ramona Flowers (Mary Elizabeth Winstead). Depois de algum esforço, consegue um encontro com ela, e os dois se envolvem. No entanto, para poder ficar com Ramona, ele deve derrotar seus sete ex-namorados malignos.


Indo de fase em fase, como num videogame de primeira qualidade, Scott passa por Matthew Patel (Satya Bhabha), que tem poderes místicos; Lucas Lee (Chris Evans), um astro de filmes de ação com dúzias de dublês; Todd Ingram (Brandon Routh), um rockstar que obteve poderes psíquicos através de uma dieta vegan; Roxanne "Roxy" Richter (Mae Whitman), a ex-namorada meio ninja; Kyle e Ken Kataynanagi, os musicos gêmeos japoneses; e, finalmente, Gideon Gordon Graves (Jason Schwartzman), o produtor musical que se acha o dono do mundo e é, de fato, o chefão final.


Toda a estética do filme acompanha a linguagem de um jogo virtual, criando um ambiente divertido e inovador. A trilha sonora é impecável, toda em pop-rock com guitarras muito carregadas. Direção e edição fogem do clássico em todos os aspectos possíveis, mas o roteiro segura tudo no lugar certo, justamente por não passar de uma distorção do nosso bom e velho melodrama. Um filme absolutamente fantástico e que quase não chegou às nossas telonas. Um ingresso que é garantia de ser dinheiro bem gasto. Já comprou o seu?

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