domingo, 26 de setembro de 2010

Desequilíbrio Afetivo


SIMÃO PEDRO SANTOS


Quando um homem ou uma mulher começam um relacionamento com um(a) parceiro(a) que tenha um filho(a) a primeira preocupação é: “Será que ele(a) vai gostar de mim?”. Esse tipo de história é o principal tema do filme Cyrus (EUA, 2010).



John (John C. Reilly) é uma quarentão de Los Angeles que ainda está abalado com o término de seu casamento, há sete anos. Deprimido com a notícia do noivado da ex, mal consegue acreditar quando conhece Molly (Marisa Tomei) numa festa. Ele finalmente havia conhecido a mulher dos seus sonhos, até descobrir que ela tem outro homem na sua vida - Cyrus (Jonah Hill), seu filho de 21 anos. John logo descobre que Cyrus é um homem desequilibrado e obsessivo pela atenção da mãe, que não está disposto a abrir mão de sua afetividade. Os dois, então, embarcam num intenso embate de forças.


Jonah Hill é responsável por adicionar um pouco de humor a esse drama. Como uma pessoa doentia ele faz inumeras caras que rendem algumas boas risadas. Além disso, os atos de insegurança do personagem de Reilly fazem soar algumas gargalhadas.


Com a maioria das câmeras bem fechadas em close-up, o longa destaca as expressões faciais e emocionais de todos os atores. Prendendo a atenção de todos os espectadores, mostra a complicação de um relacionamento de duas pessoas que já haviam se envolvido com outros e como uma “criança” pode atrapalhar.

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