Um argumento fascinante e um amor que ultrapassa barreiras. King Kong (EUA, 1933) facilmente entra para a história do cinema também por ser um dos primeiros filmes a usar efeitos especiais convincentes, considerados revolucionários nos anos 30. Com ambientações e situações variadas, aliadas a um roteiro original, além do carisma das personagens, ele é lembrado até hoje e marcou uma época.
Destaca-se a humanidade do gorila gigante “irracional”. Ao contrário do que muitos pensam, a paixão que envolvia os sentimentos da Ann Darrow e do King Kong era de amizade. A questão principal do filme é: Até que ponto sentimentos são irracionais? A ambição e falta de humanidade em personagens “humanos”, levam o espectador literalmente torcer pelo Kong.
Os efeitos especiais condizem com a época. A técnica utilizada foi à conhecida como “Stop-Motion”, que são gravações de um objeto fotograma a fotograma. Nos anos 30, essa experiência “engatinhava” e por isso os movimentos do Kong e dos outros animais ficaram bastante robóticos.
O principal ponto negativo do filme é atuação. Excetuando Fay Wray, os outros são inexpressivos, tirando bastante valor dramático das cenas. Algumas partes chegam a ser engraçadas de tão fraca a interpretação. A última cena decepciona também por isso. Mesmo sendo tão antigo, filmes da época como “Os amores de Henrique VIII”, e “Aconteceu naquela noite” estão em um nível incomparavelmente superior.
King Kong é um clássico e inspirou várias obras de monstros gigantes, como o Godzilla, Rodan, e outros. Sua influência foi tão grande que o Japão fez um remake mudo deste filme no mesmo ano (1933), atualmente considerado perdido. Apesar da idade, ele continua sendo um ótimo filme e deve ser assistido pelos amantes do cinema e de uma história clássica.
