
Desde de 2006, vê-se pelas prateleiras de qualquer livraria e em listas de bestsellers ao redor do mundo o livro “Comer, Rezar, Amar”, de Elizabeth Gilbert. Baseado na vida da própria autora, o memoir narra como após um doloroso divórcio, a jornalista tirou um ano sabático para retomar seu apetite pela vida. Como destinos, ela escolhe: degustar a Itália, meditar na Índia e se encontrar na Indonésia. Com tamanho sucesso, Hollywood não poderia tê-lo deixado de fora, e agora o livro tornou-se o filme homônimo Comer, Rezar, Amar (“Eat, Pray, Love”, Estados Unidos, 2010), de Ryan Murphy.
Liz Gilbert é interpretada por ninguém menos que a belíssima Julia Roberts acompanhada por Javier Bardem, Viola Davis, Richard Jenkins, Billy Crudup e James Franco. Em suma, um elenco de primeira linha. Com um roteiro repleto de diálogos inteligentes e levemente moralistas, a narrativa leva o espectador a novos insights sobre como melhor aproveitar os pequenos prazeres da vida.
Se no papel a história já era atraente, adicionando os elementos audiovisuais, ela tornou-se incrível. A fotografia de Robert Richardson está fantástica, trazendo enquadramentos e movimentos de câmera ousados, que criam um ritmo ágil para o filme. Os planos detalhes e a edição das sequências gastronômicas italianas quebram com o tradicional e estão de dar água na boca de tão deliciosas. Não satisfeito, ainda há um belo uso do foco, em especial na cena da chuva, e a iluminação reluzente para completar a estética do filme.
Se isto é auto-ajuda ou não, eu não sei, mas o filme passa a ideia de aproveitar minuciosamente cada detalhe da vida. E o longa faz exatamente isso, prestando atenção em todos os mínimos aspectos, para fazer dele um filme impecável.
