SIMÃO PEDRO SANTOS
Assassinatos, tiroteios, perseguições e explosões; são características utilizadas em filmes de ação - principalmente os de Hollywood. Porém, de uns tempos pra cá, tem surgido longas desse gênero com um pouco mais de drama e menos correria. The American (EUA, 2010) faz parte desse seleto grupo, junto com "Syriana" e "O Bom Pastor" (entre outros).
No filme, Jack/Edward (George Clooney) é um assassino profissional com um currículo invejado. Até que um dia, um “trabalho” na Suécia termina de maneira inesperada e trágica. Sendo assim, ele decide que o próximo será o ultimo de uma carreira impecável. Com isso, Jack é enviado para uma pequena cidade no interior da Itália, onde irá receber instruções da missão de um belga chamada Mathilde (Thekla Reuten). Em meio à decadência de suas habilidades, ele se aproxima de padre local, Benedetto (Paolo Bonacelli), além de iniciar um romance com uma jovem atraente de nome Clara (Violante Placido).
A interpretação de George Clooney é algo fora do normal. Com uma elegância à la 007 e atitudes violentas estilo Jason Bourne, ele rouba a cena. Suas feições sérias e comprenetadas também fazem lembrar Bob Barnes (personagem de Clooney em Syriana). Além disso, ele aparece algumas vezes malhando e em relações sexuais com a personagem de Violante. Tentando, assim, reafirmar a sua fama de galã de “hollywoodiano” - mesmo aos 48 anos de idade.
As belas paisagens da Suécia e da Itália, e as locações que se entrelaçam com os personagens, dão ao filme uma fotografia e uma estética que trabalha junto à interpretação dos atores. E apesar de o longa falar sobre um assassino, ele é considerado de gênero dramático com conteúdos de suspense. Isso, porque o personagem acha que está sempre sendo perseguido e que todos querem matá-lo.
