quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Fracasso Latino


SIMÃO PEDRO SANTOS


Histórias de superação e persistência são “pratos cheios” para virar filmes de qualidades variadas. No longa Noberto Apenas Tarde (Uruguai/Argentina, 2010) utiliza esses temas, porém de uma maneira erronia e monótona. A ponto de boa parte da plateia lutar para não dormir.


Após ser demitido de uma empresa onde assumia um importante cargo administrativo, Norberto (Daniel Hendler) adia, o quanto pode, contar à esposa a má notícia. Enquanto isso, ele decide tentar a sorte no ramo imobiliário. Por ser uma pessoa tímida, apática e sem expressão, ele é incentivado por seu novo chefe a fazer um curso de assertividade. Com isso ele entra em uma aula de teatro para iniciantes. Mas seu progresso, em todas as suas atividades, é lento de demorado. Ao longo do filme ele começa a se superar, porém de uma maneira apática e sem demonstrar empenho algum.


Há acontecimentos que seguem de maneira subentendida e, na verdade, deveriam ser claros ao longo da trama. Além disso, a trilha sonora ajuda a deixar o filme cada vez mais desanimado, agravando o clima de apatia. Suas músicas – que ditam o ritmo do longa – são lentas e chegam quase a “ninar” os expectadores.


Apesar de pertencer ao cinema latino - uma indústria tão elogiada e tão premiada nos dias atuais - o filme deixa muito a desejar. O ritmo dado ao longa e atuação dos atores são as características mais precárias. O tema poderia ser melhor utilizado e muito melhor trabalhado.

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