
O documentário Cortina de Fumaça, que está na programação do Festival do Rio 2010, tem como proposta desmistificar algumas drogas psicoativas e introduzir novas perspectivas sobre as reais questões acerca da criminalização delas.
A linguagem utlizada se aproxima muito da jornalística, sem inovações na forma, com entrevistados dando seus depoimentos, intercalados de forma a costurar a ideia central do filme: a discussão sobre a legalização das drogas é velada pelo moralismo de alguns setores da sociedade e interesse econômico de diversos agentes que se beneficiam com o tráfico.
Entretanto, o documentário não traz o outro lado da moeda. Não há nenhum “especialista” falando sobre o ponto de vista contrário. Além disso, muitas frases de efeito são colocadas com efeitos de eco. Tudo isso dá um tom muito panfletário ao filme, o que pode incomodar muitos espectadores.
