Na eterna batalha entre cães e gatos, surge a magrela e despelada gata Kitty Galore, ex-espiã da organização MEOWS. Ela tem um único objetivo: livrar o mundo dos animais de estimação e escravizar toda a humanidade sozinha! Parece familiar? Pois trata-se de Como Cães e Gatos 2: A Vingança de Kitty Galore (“Cats and Dogs: The Revenge of Kitty Galore”, EUA, 2010), de Brad Peyton, continuação da primeira grande guerra animal Como Cães e Gatos (“Cats and Dogs”, 2001).
O filme conta a história de Diggs (James Marsden), um desonrado pastor alemão abandonado no canil, por não conseguir obedecer as ordens da polícia de São Francisco. Ele é recrutado, então, para a organização de espionagem canina e reuni-se a Butch (Nick Nolte) a fim de deter o plano diabólico de Galore (Bette Midler). Perante esta ameaça sem precedentes, por incrível que pareça, cães e gatos – e um pombo – serão obrigados a unir forças pela primeira vez na história.
Como Cães e Gatos 2 é um ótimo filme de espiões, só que em quatro patas e muito mais peludo. Com um 3D interativo e muitas cenas de ação, ele mantém a atenção do espectador, apesar da trama previsível. Independente do primeiro filme, o roteiro de Ron J. Friedman e Steve Bencich, mesmo que infantil, contem duas cenas particularmente incríveis: uma sala de estar cheia de gatos chapados e a cela da prisão do vilão Mr. Tinkles, uma versão felina de Hannibal Lecter.
O longa tem ainda várias referências ao agente James Bond, incluindo o tradicional clipe inicial de créditos, um cientista muito parecido com o Q e suas bugigangas fantásticas e, como se não bastasse, o chefe felino ainda se chama Lazenby (dublado ironicamente pelo ex-007 Roger Moore).
Apesar de voltado para um público alvo infantil, o filme não impede nenhum adulto de se divertir. Com muitas trapalhadas e animais fofíssimos, os espectadores gargalham, apreciando um bom e inocente entretenimento.
