domingo, 22 de agosto de 2010

Nem Tanto [Especial Alfred Hitchcock]


Cortina Rasgada (Torn Curtain, 1966), de Alfred Hitchcock, é considerada por muitos uma de suas obras menos importantes no que diz respeito à sua invejável filmografia. Um pouco menos envolvente e com um clima mais puxado para a perseguição, os mistérios da trama são tratados de uma forma mais leve. Talvez por isso, seja considerado um de seus filmes mais medianos, sem receber muita atenção da crítica em geral.

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A trama conduz o espectador pelos caminhos do professor Michael Armstrong (Paul Newman) e sua assistente e noiva Sarah Sherman (Julie Andrews). Em um congresso na cidade de Copenhagen, ela começa a desconfiar das atitudes do noivo que, misteriosamente, decide viajar para a Berlim Oriental, Alemanha. Após segui-lo em sua viagem de avião, descobre os verdadeiros intuitos do futuro marido.

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“Cortina Rasgada” faz referência à instabilidade do período da Guerra Fria. Porém, há um pouco menos de emoção do que previamente é esperado por ter um tema que envolve espionagem e perseguições. À primeira vista, Newman parece não convencer no papel que lhe é proposto mas, com o decorrer da história e a força de atuação de Julie Andrews, temos uma boa evolução de um casal de protagonistas.


Neste não tão antigo Hitchcock, pode-se pescar grandes sequencias que denunciam o estilo do diretor. Quando temos um assassinato, a construção da dificuldade e do conflito são, sem dúvida, o auge do filme. Falando em conflitos, esse projeto marcou o fim da parceria do mestre com Bernard Hermann, e diversos atritos com Newman. No mais, fica a dúvida se estes impecílios contribuíram para o resultado final duvidoso da produção.

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