Amanhã entra em cartaz mais um filme que tem como foco o paradoxo entre sonhos e realidade. Do diretor Cristopher Nolan, de "Batman Begins" e "O Cavaleiro das Trevas", o filme A Origem é um daqueles thrillers que te prende a atenção até mesmo depois de sair da sala do cinema. Sem falar na espetacular trilha musical escrita e composta por Hans Zimmer.
A trama envolve Dom Cobb (Leonardo di Caprio), um especialista na extração de informações por meio de sonhos, em uma missão, aparentemente, impossível. No entanto, ele é manipulado pelo poderoso empresário Saito (Ken Watanabe) a reunir uma equipe com os melhores na arte da infiltração de sonhos.
A partir daí, o filme tem a dura tarefa de mostrar como acontece essa transição do mundo real para o mundo da imaginação. Impossível não fazer algum tipo de comparação com o que acontece em "Matrix" ou "Vanilla Sky", mas a verdade é que a teoria de "A Origem" é tão convincente que ao decorrer do filme você chega a considerar algumas hipóteses e se perguntar até que ponto vai a ficção.
Outro ponto notável do filme é, mais uma vez, a parceria de grande sucesso Nolan-Zimmer. Depois de ter cooperado com "Batman Begins" e "O Cavaleiro das Trevas", a trilha tem um ar mais eletrônico: uma tentativa de criar um elo entre a engenharia da música e a da matemática, segundo Zimmer. Um toque genial deste grande compositor.
Toda a complexa discussão entre sonhos e realidade vem à tona com cenas de lindíssimos efeitos visuais e sonoros. A tensão do filme comporta todos os fatores que um thriller deve ter. Leonardo DiCaprio já havia me convencido como um excelente ator há algum tempo, mas cada vez mais me admira a sua capacidade de entrar na mente do personagem. Talvez seja irônico, mas que poucos tem a sua versatilidade, isso é um fato. Outro, é que "A Origem" é um filme que você não poderá deixar de assistir. Nem nos seus sonhos.
