Clássico dos clássicos. O filme que eternizou Alfred Hitchcock e que possui a famosa cena do chuveiro, aquela que vem a mente quando lembramos de Psicose ("Psycho", 1960). Fontes da época dizem que ele estava cansado de produções com grandes orçamentos. Ninguém imaginaria que 800 mil dólares seria suficiente para fazer história no cinema.
Psicose conta a história de Marion (Janet Leigh), que rouba 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha. Ela pede licença ao patrão para sair mais cedo e leva consigo o pacote contendo o dinheiro, certa de que o crime seria percebido após o final de semana. Com pouco mais de dois dias para fugir, sai dirigindo sem destino pelas estradas. Cansada, vai parar no Motel Bates, onde é atendida por um estranho rapaz, Norman Bates (Anthony Perkins). Após um bate-papo e um sanduíche, acontece o inesperado: Marion é brutalmente esfaqueada durante o banho.
O filme é uma adaptação do romance homônimo escrito por Robert Bloch, que por sua vez foi baseado na história real de Ed Gein, um dos serial killers mais conhecidos dos Estados Unidos. Poucos sabem que há 3 continuações para a história original, tanto para versão escrita quanto a cinematográfica, nenhuma dirigida por Hitchcock. Uma refilmagem foi produzida em 1998 por Gus Van Sant.
Chama atenção a importância das músicas. Composta por Bernard Hermann, ela é fundamental para o clima de “terror”, principalmente na parte do chuveiro. Essa cena tem 78 planos, enfatizando os “big-close-ups”. O sangue foi feito com calda de chocolate, e o barulho da faca é de um melão sendo cortado. Há boatos de que Myra Jones, a dublê de Janet Leigh, coincidentemente morreu esfaqueada. Hitchcock também recebeu uma carta de um pai revoltado por sua filha não tomar mais banho.
Alfred Hitchcock é considerado o mestre do suspense, mas graças a Psicose, ele imprimiu o seu nome na história do cinema. Daqui a vários séculos, ele ainda será lembrado, e esse será o maior exemplo de que é possível fazer um bom filme, independente da época, das técnicas ou do custo.
