quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Favor Não Bater Palmas!

Calma! Não julgue a crítica pelo título. A ideia não era usar o estalar de palmas como uma referência à saudação pela qualidade da obra apresentada. O assunto relacionado aos “claps” aqui é outro: Fadas! Isso mesmo, “Não Tenha Medo do Escuro” (Don’t Be Afraid of the Dark, 2010) é um filme de Fadas, mas de longe mais perversas do que as disseminadas pelos desenhos clássicos da Disney.


O thriller escrito por Guillermo del Toro e Matthew Robbins, com direção de Troy Nixey, conta a história de Sally Hurst (Bailee Madison), uma menina de oito anos bastante introvertida que passa por uma rebeldia típica da pós separação dos pais. Quando sua mãe decide mandar a garota para morar com o pai (Guy Pearce) e a nova namorada (Katie Holmes) em outra cidade, as coisas pioram ainda mais para Sally. Seus novos tutores são designers de interiores e estão de mudança para uma mansão do século IX, a qual têm que reformar e revender por um alto custo. Afundada em sua revolta solitária, a menina passa a explorar o casarão, até que liberta estranhas criaturinhas que dizem querer ser suas amigas. O que se segue a partir daí não surpreende, mas também não se descarta.


Após notar que os monstrinhos não são tão legais assim, mas máquinas assassinas, Sally passa a tentar convencer os adultos de um perigo iminente, ignorado pelos velhos céticos de pouca imaginação. O roteiro parece típico? Sim, ele é! Anda complicado bolar um filme de terror que fuja do comum, assim como as comédias românticas. O que pode fazer a diferença ou não é a forma com que se conduz todos esses clichês tão adorados por fãs do gênero... Só para dar um toque especial a coisa, vale ressaltar que os tais monstrinhos da história tem a estranha mania de recolher dentes de leite e trocar por moedas de prata.


Com atuações tranquilas e ritmo bastante articulado, o longa consegue conduzir e entreter. A fotografia é moderna e a arte aparece como ponto fundamental do tom imposto pela película. Os personagens também são bastante caricatos e alguns sustos esperados, mas muito eficientes, completam a brincadeira. Após assistir a obra, fica a sensação de que já vimos milhares de filmes muito parecidos com esse antes. E realmente vimos. Mas é exatamente por isso que continuamos a ver.

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