
Dentre todos os documentários musicais que eu
vi esse ano no Festival do Rio, sem dúvida “Ray Charles América” foi o melhor. Ele
não fez parecer problema o fato de já existir um filme famoso sobre esse ícone
e mostra um ponto de vista completamente diferente da carreira dele.
O filme se divide em diversos episódios, cada
um mostrando uma faceta da carreira dele. Ironicamente o primeiro capítulo é
chamado “visão”. Cada capítulo é repleto de imagens de arquivos e dos mais
diversos depoimentos, impressionantemente a maioria deles não é de músicos e
sim de figuras com relevância política. É aí que esse documentário brilha, ele
não quer falar sobre o músico Ray Charles, ele se foca na personalidade dele e
na importância dele na história. Como, por exemplo, na forma que ele ajudou na
questão racial sendo o primeiro artista negro a fechar um contrato com uma
grande gravadora branca.
Até com Caco (sim, o sapo) ele já cantou. Sem falar que as canções e as versões delas nesse filme são as melhores possível. Com certeza a pesquisa que esse filme exigiu é atípica para qualquer documentário. O seu gosto por Ray Charles ou até seu conhecimento prévio do artista nesse caso é irrelevante a apreciação do filme.
